Amor

Amar

Amar,

Ternura solene quem vive aprende.

O segredo revelado por lábios

Amar,

E quem ama aprende da saudade insistente.

Ama muitas vezes no inconsciente

E se derrama

Talvez sangra de dor na vida consciente .

Quem me alegra, e quem espera pagar.

A dívida contraída

E quem ama a dívida eterna, a saber,

AMAR.

PARA SE AMAR

Triângulo amoroso e tanto amor

As mãos que a seguraram concedem tanto bem,

O homem e a rosa,

Mãos que a furtaram da plena solidão

O homem por amor, não existe pecado.

As mãos que a seguraram sangraram-se

Com os espinhos

O homem, a rosa e seus espinhos.

Triângulo amoroso não existe dor.

Mudou tudo naquela morada

Mas o rumo não se perdeu:

Um homem que ama sua mulher

A mulher que também ama muito

Com a rosa ou sem ela

Amam-se nas feridas dos espinhos

ROSAS

Rosas no vaso,

Rosas no maço

Rosas simples, no jardim igual.

Rosas sem morada, sem sol.

Rosas pobres, como eu.

Rosas simpáticas

Rosas ricas de elegância expressiva

Rosas tratadas, nocivas.

Rosas eternas de material sem vida.

Rosa em flor

Rosas da primavera

Oh!Mulher rosa dá-me

Teu amor.

Rosa pobre sou eu

Que te cultiva nos jardins

Sem valor.

Sempre

Sempre!
É o tempo que tenho para te pertencer.
Nunca!
É o tempo que tenho para te deixar.
 
Criaram a relatividade;
Inventaram a proporcionalidade;
Realizaram o talvez, o depois
Quem sabe?
Eu designo o absoluto!
 
Pleno, completo!
Entrego-te meu amor
Dia a dia, em pequenas doses,
Terapêutico!
 
Mas sim, é teu!
Todo teu!
Absoluto!

Inquietação

Teus olhinhos brilham nas tuas fantasias,
Tua inocência,
Tão ingênua…
Teu jeito de acreditar
Que o teu mundo é real…
És a flor mais rara
Dos jardins da minha terra.
 
Canta, dança, pula, brinca…
Teu movimento me dá energia;
Tua inquietação me alimenta,
Pensar em ti
Tornou-se minha filosofia.
 
Que os caminhos que a vida
Te fizer percorrer
Te façam grande;

Ciências

A minha gramática
Explica tua matemática:
Tua física
Soma à minha biologia
Numa fórmula química
Que nos converte
Em pura arte bela e literatura.
 
Tua arquitetura, tua engenharia,
Meu direito
- Que se concretiza dentro
Do teu seio esquerdo – 
Economizam minha administração,
Gerem minha vida;
Me programo na tua informática.
 
Perco a filosofia, viro robô,

CARNAVAL POÉTICO

Lá vai o Menestrel

Carregando a sua saudade em notas musicais

E nquanto o podbre Arlequim chora a mágoa de não ter visto a deusa a linda

Colombina- um pedaço de menina

Que se perdia na nuvem de Confetes e Serpentinas.

E o Pierrô completamente apaixonado

Esbarra no floreio do cavaquinho

E a multidão dança

E a noite avança poeticamente madrugada afora.

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