Ao chegar e partir
A dor da imensa solidão
Milhões de nãos
Flores fechando em botão.
Reaprendi a amar
De novo volto a escutar
Teus lábios a professar
O recordar que vivi.
Em busca então
Do novo verão
Eterna andorinha sou
Buscando amor
Em nova flor
Que abre em furor
Para sempre
Enquanto o verão
Idilicamente durar.
Agradecimento
Como posso alguma vez pensar,
Que te retribui o suficiente?
A divida é a vida em mim inexistente,
Que me ensinaste e te dedicaste a valorizar.
Recai sobre mim a pressão de retribuir sem parar,
O desejo ardente de dar, dar e dar…
Tudo o que tenho a oferecer,
Parece pouco, por mais que tente,
A felicidade, a dedicação pelo teu viver,
Serão um digno e eterno presente?
Estou disposta a tudo de mim arriscar,
Publicas em mim teus sonhos: realidade
Sou tua tábua de leis: religião...
Publicas em mim teus intensos desejos
Pois assim publicados, te renderei homenagens
Fazendo valer cada cláusula de nosso amor
Como se todas, pétreas, fossem.
Jamais será tarde
Se acreditar
E conhecer o que há dentro
De seu interior
Conhecer os caminhos
Leva onde desejar
O amor esta para quem
Deseja buscar
Sem achar que
Tudo é tarde
Ter prudência
E querer leva mais alegria ao nosso prazer
Ter pressa não leva a nada
Apenas ao desespero
A insegurança
Sem nada conquistar
Nunca é tarde
Desde que busque
A verdadeira felicidade
E um grande amor de verdade
AUTOR:JOSÉ ADÃO RIBEIRO.
Silencio
Não há mais nada a dizer a você
A partir daquele momento
Que me negou a resposta
Este meu silencio é preciso
Por você ter a certeza
Que jamais deveria negar
A mim alguma palavra
Que em sua vida
Não tenha ao seu lado
Alguém que faça a você
O que fez por mim
Por isso meu silencio
Por saber que não haverá resposta
De sua parte
Mesmo assim lamento
Este meu silencio
AUTOR:JOSÉ ADÃO RIBEIRO.
CONSCIÊNCIA
Por que você não quis me amar???
Será que foi tão ruim assim???
Eu faço força pra não chorar
Mas a lágrima insiste em cair.
De manhã cedo ela vem me ver
Num colorido prisma no ar
Rompe as janelas do bem querer
Invade meus sonhos de lhe amar...
Cega meus olhos doce Aurora
E eu gemendo sempre a delirar
Violentando o meu caminho
Olhos de luz edulcorado encantar...
Vem me amando, amor sozinho
Espero novo dia pra lhe beijar
Sinestesia do meu caminho
Linda manhã eu vou lhe amar
Pra lhe beijar
Beijar...
Pousas silente minha borboleta
Na acetinada grama dos meus
Peitos aveludados...
Pousas silente, borboleta amada
Na negra pele que te enlaça
Com a melanina quente do desejo.
Sibilas doce sílfide
Em meus ouvidos
O clamor do pecado.
E já dançante pitonisa
Debruças silente
Em meu dorso alado leonino.
Teu corpo jaspe ainda fresco
Pela juventude matutina
Me seduz em sexo.
Partem meus olhos
Dos relevos baixos da Assíria
Para mirarem o gélido Tibet
Em clarão: marmóreo alabastro
Onde casto permaneço
Para nos deixar em solitária paz.