Desilusão

Liberdade - O lamento do selvagem

Liberdade – O lamento do selvagem

 

Sempre estive onde quis estar, tendo minhas necessidades como limitação

Sempre fiz o que quis fazer, sendo a fraqueza minha única restrição

" Inexisto..."

" Inexisto..."

 

Com um tímido olhar vasculho na sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal já mais tem sonhado,
Neste silêncio amplo e calado,
Calado fica; nesta quietação quieta...
Só tu,morte, palavra única na voz Profeta,
Levas-me, como um suspiro escasso,
Da minha triste Alma cais,
E no eco, que te ouviu, torturou-me no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Pessoa Sentida

continuo a correr ate que me encontrem

olho para trás e pensava que sabia tudo

Estou a ter a minha ultima opertunidade

o meu coraçao bate ate bate em meus ossos

sei que a miséria sente a minha falta

o meu coraçao bate com força e nao existe ninguem no meu peito

espero que percebas que menti por ti e morreria por ti

mas afinal sabes o que é dor?

O que resta é apenas memorias dentro de mim

O destino

Sentado num banco qualquer,

o homem conta as estrelas do céu,

Aceita a sorte que vier,

Se dobra ao acaso infiel.

Ele não é dono de nada,

Nem da sua vida,

Nem do amanhã.

A sua melancolia é inexata 

     E sua mente não é sã.

 

 

Búzios, 07 de setembro de 2000.

Se me calo, consinto

Com o que não concordo.

Portanto detesto o fardo.

 

Coragem não tem

Escondo-me, me abrigo

Dentro do meu mundo...

 

Se não te vejo

Tento não encontrar

Uma forma de estar perto

 

Fujo da luz que te ilumina

Que me causa desespero e dor

Estou indo embora agora.

 

 

 

VÊS

Vês estas minhas mãos vazias?

É tudo o que tenho...

Nada...

Nada!

 

Vês este meu coração negro?

Está vazio e doente...

Doente...

Doente!

 

Vês este meu corpo velho?

Enrrugado e chagado...

Morto...

Morto!

 

Vês esta alma nua?

Perdida no nevoeiro...

Vazia...

Vazia!

 

Vês futuro em mim?

Eu também não...

Eu também não!

 

 

Agosto, 2016

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