Fantasia

SERPENTES RÚSTICAS

 

 

 

na pele da grama áspera

transpassam

as serpentes rústicas

 

estiradas como poeira

no chão devasso

grassando no ermo das várzeas

 

(falácias inviáveis

no porvir do mundo)

 

mais digno seria

semear ciprestes

nas cúpulas góticas do caos

 

para preservar intactos

os genes da criação

 

 

bailarina de amor!

Bailado, no bailar.

Chegado no chegar,

entro sem pedir para entrar.

Que bailarina?

Que bailar?

Entra por favor,

essa arte continuada.

Baile!

Que bailarina abençoada.

Descompacta a pista,

alimenta o dançar.

 

Vida é viver,

acreditar e continuar,

a eterna dança do acreditar.

 

Amor no amor,

bailarina no dançar!

 

A RAINHA DO MEU CASTELO NO AR!

Se construo castelos no ar...
então coroo-te rainha de um deles!
No ar onde já está o amor!
Num 'metaverso, nas alturas, nas 'estâncias poéticas' e sobre Utopia onde tudo é flor!
Um castelo para essa Rainha com uma 'auréola' ao invés de uma coroa... 
nesse castelo no ar sob o céu da sua boca e onde me poria aos seus pés nesse inferno de amar!
Um castelo no ar para essa mulher-anjo... 
que caiu ou escapuliu dum 'viveiro de mafagafos' num rancho estelar!

SEREIAS

 

 

 

 

 

sereias

          são meias-verdades

                                         inteiras

 

são amenas

                 divindades

                                  de duas metades

 

são Iracemas

                    -extensão

                                  de águas perenes

 

sereias são rimas

                          que vivem

                                          em poemas serenos

 

 

 

 

 

 

VISLUMBRE

 

 

 

 

quando ela vier

soltarei fogos de artifício

e festejarei ruidosamente

sua chegada

 

oferecerei souvenirs

e presentes vários

brindarei com vinho bom

todos os ensejos de paz

 

pois a saudade dela

trouxe-a  de volta

restituindo-me o bálsamo

e o vislumbre

 

dela: a felicidade...

 

 

 

 

 

 

 

 

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