Fantasia

Musa inspiradora!

Ela é flor, mesmo numa noite
numa madrugada de luar...é aquela luz
o seu brilho é intenso e toma posse
seduz a minha mansidão com a alma
com o seu sedutor corpo
e delirantes desejos, sensações
além dos mais incríveis anseios
tomam posse do meu ser
Fazendo florescer, aflorar delírios
as mais loucas vontades
E, ao nascer do sol, todas as manhãs
revigora-se Iluminando tudo
num brilhar absoluto
Para enfeitar os dias
e me inspirar com suas curvas,
cada uma das suas linhas

Releitura!

Sim, li você.... interpretei
li mais uma vez... numa outra noite
na inquietação da madrugada
de manhãzinha, após uma noite insone
Não posso perder-me em sonhos
me mantendo acordado, transcendo
mas preciso dos meus delírios
dos devaneios mentais
São eles que me inspiram, a escrever
a ler e reler as tuas linhas tênues
aos impávidos seres que habitam
cada uma das curvas que dão equilíbrio
dão a exata dimensão onde estou
Me mantem com os pés ao chão
mas transito entre o sagrado e o profano

Destilado...1

Por destino embriagado

Entornei-me pela vida

E quando dela for despejado

Dêem-me um copo à saída.

 

Ébrio demente

Esquecido das gentes

Deambulei vida fora…

Vagueando por bares

Sem rumo nos olhares

De onde caí borda fora.

 

Marinhei em balcões

E voei em balões

De álcool inflados…

Por sopros de pinga

Na noite que finda

Entre copos entornados.

 

Penallty’s bebi

Traçados pedi…

E encontrei-me no chão…

Por qual dilúvio bíblico,

Do Vagabundo...

Quando por fim a Lua acorda

E se espreguiça pelas ruas…

Vagueando te encontra

Nessa noite em que perduras.

 

Pobre Vagabundo

Que tens no tecto do mundo

O tecto do teu Lar…

Que te acolhe a alma,

Perdida,

E por escola te dá a Vida,

Por onde andas a vaguear.

Aprendeste-lhe a dor,

E o sofrimento,

Conheceste-lhe o desalento

E foste ainda mais além…

Cursando letras de amargura

Leste nas linhas da ternura

Que o Amor não é…

De Ninguém.

 

1 copo para a noite

Transborda o copo devagarinho

Gota a gota

Que no seu caminho,

Me alimentam a inspiração…

As palavras saem correndo,

A cada copo que vou bebendo,

Dando asas

À imaginação.

 

…e sai um ponto, uma pinta.

Reticências…exclamação!

Mais um copo,

E outro ainda,

E há uma nova finta,

Que o tinto dá

À solidão…

 

...Que como o vento,

Sem graça!

Correndo em surdina.

(Pela memória

Que já me é lassa)

Como uma ténue neblina

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