Paralela
Autor: Diana Santos on Monday, 6 June 2016Estou a caminhar agora…
Vagarosamente…
Estou a ir embora
Para longe da tua mente.
Estou a caminhar agora…
Vagarosamente…
Estou a ir embora
Para longe da tua mente.
Veio um fio de luz e esperança e adentrou o meu cérebro,
Iluminou meus neurônios.
Chega uma altura na vida
Em que de repente meditamos
Sobre a inquietude sentida,
Naquilo em que acreditamos.
«Tic tac…tic tac…tic tac…ansiedade…ataques de pânico…agorafobia…agora sobraram os ossos pois a carne ninguém queria…não queriam mas até lamberam os dedos…continua o sexo trântico com o meu caderno…oferecido por um ilhéu da Terra das Baleias…este suporta a quimera da minha teia…é meu…é meu…o caderno é meu…ninguém lhe pode tocar…lembra me de bons velhos tempos passados na metrópole…serve para extrapolarem aquilo que
Talvez um dia… apenas um dia…
Deixe-me inundar pela bravura
De me entregar à afasia
Inerente na loucura.
Há anos e anos luzes daqui dali,
Distante do tempo e espaço,
Na estrada do desamparo permaneço abaixo da aurora do mal,
A fitar com sombras e cores do horizonte a procura duma face...
As nuvens de alumes se formando rumando desenhando a tarde
E a tarde atravessando a tarde,
(...) Arranco-me a mais de mil dobrando os infinitos descalços (...),
Eis minha odisséia mal aventurada, minha aleivosia cruzada dum aceno.
Venci raios e trovões,
Deuses dos terremotos e virgens do pecado
Anjos malfeitores e ninfas belas,
Há uma luz
Há uma luz que me acompanha
Em volteios luminosos, em horários transitórios
Por vezes me apanha distraída, por vezes me assusta
mas... chega a ser belo e, admiro
Por tempos fico atenta ao seu bailado misterioso e, me pergunto:
Serão anjos que me guardam e me acenam?
Ou...quem não mais está entre nós e, muito me quer bem!
Assim seja
Seja a luz do meu caminho
A claridade em meu deserto
Braços ao meu redor; por perto
Onde ponho palavras, meu pargaminho
Seja o manto que me acoberta
A melodia assoprada no ouvido
Afaste os dias tristes para meu olvido
Companhia verdadeira tão certa
Seja a oração, o quero tudo
A voz que me diz sem pejo