Geral

poesia inacabada

Era um dia frio
De um mês especial
As ruas estavam enfeitadas
E aproximava-se o natal

Havia folhas caídas
Pelo chão da calçada
E as arvores despidas
Acompanhavam a estrada

Havia um desvio
E um caminho cinzento
Que levava ao rio
E separava o tempo

Havia também um jardim
Abrigado do vento
Aonde pequenos pássaros pousavam
Para buscar o seu alimento

Pequenos muros de pedra
Contornavam aquele espaço
Envolvendo o lugar
Como se fosse um abraço

OS PROFANOS DO TEMPO

(Extrato do romance "Os Profanos do Tempo")

Nunca o peso de uma vitória tinha sido tão pesada. Esmagados pela força das circunstâncias, cavalgaram o silêncio, fazendo o regresso sem uma palavra.
Sem a mínima ideia do que tinha acontecido o povo celta apenas sabia que o exército romano tinha perecido pela ira dos deuses. A crença foi ganhando corpo, alimentada por cânticos e odes ao sobrenatural:

De distantíssimos espaços, troa
Um gongo sulfúreo o trovão.
Sobre vales fumegantes o pó voa
Perscrutando em vão o sinal da razão

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