Pendura
Autor: André Claro on Saturday, 23 September 2017Como se fosse meu café da manhã,
Tomo uma pinga,
Que queima minha garganta,
Mas seda os perigos.
Estamos eu e o dono do bar do interior
De Minas.
O bar ainda meio “abrido”,
E eu já entrando primeiro que o vento frio.
O mesmo vento que balança as árvores na praça do centro,
Corta na rua as poucas almas vivas.
Tomo outra pinga,
Agora para calar meu fígado,
Esquecer de dilemas rascantes,
Da mulher que se foi,
Do emprego que não vem,
Dos sessenta chegando,