Geral

Se me conhecesses...

Se conhecesses os meus olhos, saberias,

que sempre que os fecho

não deixo de olhar para ti.

Se conhecesses a minha dor, saberias,

que ao afastar-me de ti,

na verdade, escondo-me é de mim.

Se conhecesses o meu sorriso, saberias,

de cor cada lágrima que chorei por ti

Se me conhecesses, saberias,

que ao partir sem sair daqui

carrego o peso do mundo

e ao regressar de onde não parti

o peso que carrego é do mundo sem ti...

Se me conhecesses, saberias,

que não espero mais de nada,

Criar

Criar é aprender e persistir

é correr uma maratona a chorar e a rir.

 

É soltar a voz e pensar a cantar

é pintar com todas as cores e escrever sem parar.

 

É sonhar para acordar ao teu lado

agarrar o chão e levar-te pela mão.

 

É desenhar-te na minha mente

partir de barco e viajar eternamente.

 

MS

Umbrais.

Em meio a monotonia diária
A mudança surge em forma de umbrais;
O começo.
Com caminhadas repletas de devaneios 
Fantasia-se com o utópico sossego
Em ultrapassar, enfim, a estrada de falsos querubins.
 
A chegada
Sofrida e esperada
Torna-se, na verdade, mais uma alcova
Com uma única porta
Em forma de umbrais:
O COMEÇO.

Arrepio

                       Um arrepio percorreu meu corpo

                       Fazendo-me suspirar encabulada

                      Porém sei o motivo,presa enjaulada

                      Em segredo, alivio no trago do copo

 

                      Tristeza sentida, dolente

                       Na face despida do riso

                        Caminhando em rumo indeciso

                       Cambaleia um corpo doente

 

                        Um suspiro engasgado

                        Em seu passo o disfarce

BOX.

Cá estou diante o vidro do Box,
Onde a cada gota que desliza sob meu reflexo
É uma lágrima que se mistura aos do chuveiro.
 
Percorrendo cada traço do meu corpo,
Limpando cada ferida em carne viva.
Cada uma com sua história,
Uma luta,
Uma derrota.
 
E, diante a esse mesmo vidro,
Não me vejo mais!
O vapor embaça a verdade
Surgindo um sorriso.
 
Um
Sorriso
Embaçado.
 
 
Rafaela Maria, julho de 2017

Incendio

O fogo dança enquanto queima

o fogo dança enquanto queima a madeira

o fogo sobe ao telhado,

o fogo dança enquanto queima o açoalho,

o fogo corre, cada vez mais perto do quarto.

 

a escada é sua passagem

o sono, agora pesado,

o fogo ja bate, ja queima a porta,

logo estará em seus quartos.

Fugi de casa

Fugi de casa

 

Quando amanheceu coloquei o meu plano de fugir dali em prática. Arquitetei tudo, organizei, esperei a melhor hora para tentar a fuga. Consegui, corri desesperado, mas durante a fuga eu lembrei que deixei o café no fogo, aí voltei pra casa.

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