( Nós)
Autor: Arlete Klens on Sunday, 2 July 2017Dê-me tuas mãos
Deixe-me olhar em teus olhos.
Há muito não te observo, e passas por mim a todo instante.
Dê-me tuas mãos
Deixe-me olhar em teus olhos.
Há muito não te observo, e passas por mim a todo instante.
Cá estou diante o vidro do Box,
Onde a cada gota que desliza sob meu reflexo
É uma lágrima que se mistura aos do chuveiro.
Percorrendo cada traço do meu corpo,
Limpando cada ferida em carne viva.
Cada uma com sua história,
Uma luta,
Uma derrota.
E, diante a esse mesmo vidro,
Não me vejo mais!
O vapor embaça a verdade
Surgindo um sorriso.
Um
Sorriso
Embaçado.
Rafaela Maria, julho de 2017
O fogo dança enquanto queima
o fogo dança enquanto queima a madeira
o fogo sobe ao telhado,
o fogo dança enquanto queima o açoalho,
o fogo corre, cada vez mais perto do quarto.
a escada é sua passagem
o sono, agora pesado,
o fogo ja bate, ja queima a porta,
logo estará em seus quartos.
O meu esforço e prazer
foi o de inventar formas de dizer
que gosto.
A par a laçada dos cordões
e os nós das gravatas,
há uma palete de coisas
que renuncio antes de começar...!
02-06-2017 porque pensas se só os Homens não deveriam pensar. arrastas o corpo em que estás preso como quem puxa carroça... faz-te mal essas coisas, esses venenos.... as palavras estão todas contaminadas. afasta-te! mas não dês ordens à tua alma. pinta-a de tons quentes e quanto ao teu corpo: Mata-o! Mata-o com desejos insuspeitos porque esses não se realizam a realidade é só uma: o sonho e a alma. enquanto sonhares a tua alma será feliz e que é isso de ser feliz???? é estar vivo! Edgard Videira
Eu gosto de andar por aí, sossegado,
a sentir de perto o desassossego...
misturado no meio da multidão,
incógnito, invisivél, perdido
e afastado de mim,
em busca de algum sentido
Saberei eu, algum dia, encontrar o meu caminho de volta?
Eu gosto de andar por aí,
em todo o lado e em lado nenhum
a escutar os silêncios do mundo...
Nessa marcha ensurdedora
junto os meus gritos aos gritos dos outros,
abafando os gritos roucos que veêm do fundo
Conseguirei eu, algum dia, perceber a minha revolta?