Pensamento

Olho com o vento

No meio do campo vejo a cidade, lembro-me da juventude e o passado; mãos doridas e pele rija, sentindo toda a mocidade. Lembro-me das conversas da minha e dos outros, seguindo as fileiras de terra e pedra onde fora lavrado. Lembro-me no fim do dia alaranjado cavalos e potros, agora da cidade olho com o vento; vejo o que resta do campo esquecido, quando penso no tempo passado.

O Segredo Está Nas Pessoas Como São...

O segredo está nas pessoas como são
Na sua ambição...
Basta olhar e ver, está tudo corrompido
Vou correr atrás de um bom lugar pra não me perder!
Basta olhar e ver, nem as flores crescem mais.
Vou correr atrás de um bom lugar pra gente sorrir!...
O segredo está nas pessoas, 
Nas pessoas como são,
Na sua ambição,
Na sua comoção,
Na sua proporção,
Na sua intenção
Da sua destruição...

Sobre as ondas

O amor respira fundo no mês de dezembro, o ar é pesado e calmo; enfeitado de surpresa o cesto de flores secas dão cor ao vazio. O frasco gasto de tantos encontros me lembram o teu corpo perfumado, os momentos de prazer a navegar sobre as ondas; encostado na proa do navio

Eu II

Eu nunca me perguntei
Eu nunca agradeci
Eu nunca precisei!
Nunca imaginei ter bagagem.
Nunca imaginei ter malandragem. 
Eu era uma viagem 
De tempo e de segmento.
Antes dela, 
Nem lembro
Nem lembro...
Nem tinha o discernimento!
 
17 . 12 . 2014

Nossa Tristeza Embalada

A marca suja 
Indesbotável 
Do nosso pecado 
Mais esponjoso
É o desamor... 
 
A reza, 
O esplendor. 
A igreja
A dor do amor. 
 
Incontáveis brigas 
Motivos perplexos!...
Afinal quem não se vê 
Numa cena horrível
Quando o espelho cede o reflexo?
 
Quem na mata de espinhos já pisou
Com certeza já se arriscou

SILÊNCIO

 61         'SILÊNCIO"

Silêncio uma palavra muda...

Ou faz as pessoas se calarem,

Basta lê  ou dizer; silêncio!

Tudo pára, no momento.

Silêncio uma palavra sem som.

Mas gera mais sabedoria;

Do que mil palavras soltas no ar,

Ditas sem pensar.

 

Madalena Cordeiro

A minha força

Acordei numa manhã fria, espreguicei com alguma dificuldade; contorci o preguiçoso corpo, e estiquei até conseguir. Tomei o pequeno-almoço e imaginei a liberdade, onde da minha entrada; olhava com a paz todo o esplendor, onde reina as pegadas presentes, o meu espaço a longevidade

Estilo e Liberdade, Bossa Nova Anos Cinquenta.

Os nossos delírios são falsos prazeres
Arruinados pela ação dos dias borrentos.
Os nossos vícios apáticos são ricos dizeres
Capazes de carregar consigo mesmo, os momentos!...
 
Um dia borrifarei minha arte no ar poluído
Feliz é aquele que sofre e não aparenta.
Cai dose de tempo, escorre tempo de vida
Estilo e liberdade Bossa Nova anos cinquenta.
 
10 . 12 . 2014

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