Prosa Poética

Solestício de verão

Acordo ao amanhecer
Com o chilrear dos passarinhos
Luzes ainda acesas
Com um céu num tom de incerteza
Meio escuro
Dia
De certeza
Tom alaranjado no horizonte
Sinal de calor
Vindo do seu interior
Lindas cores tu tens
Todas as manhãs és diferente
Deslumbras
Com tua beleza
Terror
Teu poder
Querer
Com tuas armas silenciosas
Matas com teu calor
Sem dó
Piedade
Quem se atravessa no teu caminho
Ficará sem destino
Rumo destroçado
Com cheiro a queimado

Reminiscências

 

Reminiscências

Às vezes eu vago em exacerbadas reminiscências, lembro-me de outrora quando tudo era mais simplório e singelo.

Recordo-me de dias tão bons que só a recordação faz meu coração feliz, tais elucubrações enleiam-me...

Fico embevecido quando eu me lembro de tempos pretéritos... Cheguei até ao axioma que tudo mudou quando eu conheci um alguém...

Esse alguém é deveras indubitavelmente a pessoa que mais amei em toda a minha vida, gostaria de evidenciar o seu nome, mas, não o vou... Não posso!

Hora Certa

Hora Certa

 

Trago dentro do meu peito canções que eu nunca cantei. Trago dentro do peito poemas que eu nunca escrevi. Talvez tudo mesmo tenha seu tempo para existir, até mesmo as sensações, poemas e canções, tenham a hora certa para se escrever. Talvez o tempo espere o coração doer mais, talvez o amor espere crescer mais, talvez se sentir mais, pois tudo tem a hora certa para acontecer.

 

Charles Silva

Falsa Erudição

 

Desvendamos danças como hieróglifos modernos que precisam de palavras pra surtir efeito. O próprio ritual perde seu sentido, pois não sabemos que se trata de um ritual. Meia-noite já não é mais meia-noite, pois milhares de outros significados ficam na frente, assumindo o papel de meia-noite, e a meia-noite já não é mais nem meia nem noite. O que quer entender, se isso foi feito pelo desconhecido?

Por qual motivo mesmo dançávamos à meia-noite?

NÃO SAI NEM A PAU

                                 NÃO SAI NEM A PAU

Sou vendedora, vendo batom do bom!

Vendo esmalte, chá- mate, não o leão!

Vendo rímel à prova d,água...

Vantagem: não sai nem a pau!

Desvantagem: não sai nem a pau!

E agora? Procure um profissional!

 

Autora: Madalena Cordeiro

Para ela

 

Para ela

Para ela é que eu escrevo lindas palavras, que retratam de forma poética meus sentimentos.

Por ela eu vivo todos os dias esperando quem sabe poder ouvi-la... Às vezes pergunto-me por que sou assim, um parco romanesco...

 Queria dizer-te e dir-te-ia tudo que eu sinto, se a minha timidez deixasse, é isso talvez que me impede de dizê-la, espero o dia em que me dirás aquele sim...

Por te amar

 

Por te amar

 

Por te amar vivo eu sofrendo... Sofro e sofro porque te quero, poderia eu te esquecer? Talvez sim! Mas eu não quero...

O que eu quero se resume em você, eu paro quando a vejo e contemplo seu jeitinho meigo e singelo de ser, toda especial és para mim...

Pena que não entendes o que é ser romântico pena que não me valoriza, se eu faço um verso para ti me chamas de retrogrado, se digo que a amo, dizes que são palavras obsoletas, não sei mais o que fazer para agradar-te...

SÓ DEUS PODE ME AJUDAR

                       SÓ DEUS PODE ME AJUDAR

O  meu maior defeito é esperar que as pessoas estejam dispostas a fazer por mim, tudo aquilo que eu faço por elas.

Eu estou sempre lá ou ali, ao lado de quem precisa, em todos os momentos, pronta para ajudar. Mas e quando eu preciso de ajuda?

    Só Deus pode me ajudar!

Todos se põe a distância, eu tenho que me virar!

 

Autora: Madalena Cordeiro

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