Prosa

Pesadelo

Oiço barulhos vindos da cozinha,

Não sei se a minha mente me prega alguma partida.

Mas oiço passos, lentos, e lentamente mais constantes.

Oiço barulhos vindos da cozinha.

Serão vozes? Alguém se aproxima da minha porta.

Oiço barulhos, oiço-os aterrorizado.

Arrepios, suores, tremores, medo, muito medo.

Medo de não as ouvir mais, medo de ouvir o meu nome.

Alguém arranha a minha porta, ou algo!

Reuno a coragem necessaria, sou um exercito de um homem só!

Levanto-me em direção a porta do meu quarto!

Saco de Plástico

Não me afogues já,

Quero tudo ao mesmo tempo!

 

 Que será isto de ser um saco de plástico? Só sei que bebo respirações à pressa e continuo a revelar estes estímulos que revogo para todos. Passo o tempo a rebentar chamadas para o futuro que há de nos encher as medidas, mas não somos jarros nenhuns para que eu ouse essa insolência que me parte todos os dias fora de casa.

Ensaios na terra perto mar

A minha memória leva-me para junto do mar e o desafio da escrita impõe-se para transmitir o que sinto. É de manhã e o cheiro da areia molhada e a prata do sol refletido na água confere um brilho especial aos rostos das pessoas que por ali deambulam. É a pureza das manhãs solarengas. Vale a pena a paixão pela vida, viver como se nada mais importe do que a própria existência. Ser redundante na existência.Vale sempre a pena voltar aos sítios e absorver as diferenças. Viver sem objetivos marcados. Esta é a fórmula da felicidade enquanto fim último do ser humano.

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