Surrealista

A TRAGÉDIA BRASILEIRA

         A TRAGÉDIA BRASILEIRA                     

As crianças de rua vêem, o triste destino que as consome.

Sem nada poder fazer!

Estão com a barriga roncando de fome...

Pois não tem nada pra comer!

 

Sem passado,presente ou futuro

Elas vagam pelas ruas, sem ter pra onde ir...

Se envolvem com as drogas e a prostituição

Pois não tem mais nada, com que se iludir!

 

Inventam no espírito, formas de proteção

Pois sozinhas elas tem que lutar

Não tem ninguém pra lhe dar atenção

TUDO TEM UM PREÇO

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O filho pede carinho, você diz: filho agora não dá, tenho que trabalhar!

Quando ele crescer vai cobrar. Não vai entender que você precisava trabalhar para o sustentar... É cobrança em cima de cobrança! Existem dívidas que a gente consegue pagar, mas dívidas com filhos, só se pra nós o tempo voltar! 

Se for dívidas com a mulher, só se ela perdoar, depois de perdoado ela não pode mais lembrar, tem que apagar!

E você não pode cometer o mesmo erro, assim volta o desespero

RESSACA EXISTENCIAL

Quem nunca se enleou nas teias do desespero,
Ao ponto de cair redondo de tão ébrio?!...
Vá lá!... Confessai o vosso pecado –
Afinal não existem erros imperdoáveis!...

É a vida, com as suas insuperáveis teias,
Que sempre nos enleia e nus revela.
Fica tudo muito mAis difícil nessas horas,
Que até os melhores sonhos sucumbem!...

No clímax do desespero subsistem atos díspares:
Uns bebem sofregamente de um só fôlego,
Outros vão trago a trago tomando o pulso à sua dor...

CONFRONTOS

                                  CONFRONTOS

É um corre corre, um confronto desesperado.

Polícia contra bandidos, tiroteio por todos os lados!

Muitos, caídos machucados!

Hospitais lotados, pacientes acamados.

Nas ruas o medo, toma conta da população!

É de balançar o coração!

Eu no meio de tudo isso, você não sabe de onde vem;

uma bala perdida...

É melhor não achar, porque achando-a perde-se a vida!

Confronto total! Não há vagas no hospital!

Criança morre inocente, sem saber o que é gente!

Renovação

Quando a luz da Aurora chegar

Os anjos da lua vibrarem

Quando a primavera na alma cessar

E os sinos do templo tocarem

 

Quando o azul da Fantasia trouxer

Melodias supremas, serenas, etéreas

Quando a vida no firmamento fizer

Renovações de estrelas Aéreas

 

Já terás ido para o Eterno

Imortalidade de vivas cores

Pétalas da consagração das flores

Floco de neve do Inverno

 

Já terás ido pra os Altares

Ser dos deuses dourado Nume

Para cintilar nas favas como Lume

ESTOU INDO AS PRESSAS

                          ESTOU INDO AS PRESSAS

Vou pra Escola, levando a sacola... Prendi o meu pé, na rabiola, da pipa do menino que não se controla! 

Quase caí no chão! Bateu forte meu coração.

   Que horror! O menino nem pediu desculpa!

Diz que é minha culpa!

Pode uma coisa dessas?

Estou indo as pressas!

Tenho compromissos, com minhas tarefas!

Soltar pipas é contra a lei, mas muitos não obedecem.

   Quem sofre acidentes com elas, não merecem.

   Você sabe disso e conhece, quanta gente que com isso padece!

 

QUANDO OS POEMAS CAEM DO CÉU

Às vezes os poemas
Caem do céu
– Quais chuvas amorosas
Nos Verões escaldantes.

Tal como a água,
Os poemas amenizam o ambiente,
Refrescam o corpo
E ainda alimentam a alma.

Há quanto tempo
Não tomas o teu banho
De chuva?...

02.08.2011, Henricabilio
in "Poemas curto(-o)s"

Alice

Alice

 

Doze anos depois voltei ao cemitério onde foi sepultada minha genitora. Estava na Cidade a passeio, então resolvi ir fazer uma visita. Ao entrar, não achei o local exato do sepulcro, fiquei andando em círculos a procura. Assim que entrei, vi uma garotinha, talvez 9 ou 10 anos de pé, cabeça baixa olhando para um túmulo, como se estivesse rezando. Quando passei bem perto dela senti um arrepio em toda minha coluna. Não dei importância e segui a procura do lugar onde estava o túmulo da minha genitora.

 

A Queda Setentrional

Tão forte a vida que foge à luta;

O labor da culpa e pena.

Morro abaixo é outra sina,

Entre estrangeiros, aprecie a escuta.

 

Quem de nós irá descer

Deste mundo onde

Tudo a ver é tudo a perder?

A liberdade se esconde

No cômodo saber.

 

O corpo varonil: Velo.

Para que a rosa -

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