Surrealista

Renovação

Quando a luz da Aurora chegar

Os anjos da lua vibrarem

Quando a primavera na alma cessar

E os sinos do templo tocarem

 

Quando o azul da Fantasia trouxer

Melodias supremas, serenas, etéreas

Quando a vida no firmamento fizer

Renovações de estrelas Aéreas

 

Já terás ido para o Eterno

Imortalidade de vivas cores

Pétalas da consagração das flores

Floco de neve do Inverno

 

Já terás ido pra os Altares

Ser dos deuses dourado Nume

Para cintilar nas favas como Lume

ESTOU INDO AS PRESSAS

                          ESTOU INDO AS PRESSAS

Vou pra Escola, levando a sacola... Prendi o meu pé, na rabiola, da pipa do menino que não se controla! 

Quase caí no chão! Bateu forte meu coração.

   Que horror! O menino nem pediu desculpa!

Diz que é minha culpa!

Pode uma coisa dessas?

Estou indo as pressas!

Tenho compromissos, com minhas tarefas!

Soltar pipas é contra a lei, mas muitos não obedecem.

   Quem sofre acidentes com elas, não merecem.

   Você sabe disso e conhece, quanta gente que com isso padece!

 

QUANDO OS POEMAS CAEM DO CÉU

Às vezes os poemas
Caem do céu
– Quais chuvas amorosas
Nos Verões escaldantes.

Tal como a água,
Os poemas amenizam o ambiente,
Refrescam o corpo
E ainda alimentam a alma.

Há quanto tempo
Não tomas o teu banho
De chuva?...

02.08.2011, Henricabilio
in "Poemas curto(-o)s"

Alice

Alice

 

Doze anos depois voltei ao cemitério onde foi sepultada minha genitora. Estava na Cidade a passeio, então resolvi ir fazer uma visita. Ao entrar, não achei o local exato do sepulcro, fiquei andando em círculos a procura. Assim que entrei, vi uma garotinha, talvez 9 ou 10 anos de pé, cabeça baixa olhando para um túmulo, como se estivesse rezando. Quando passei bem perto dela senti um arrepio em toda minha coluna. Não dei importância e segui a procura do lugar onde estava o túmulo da minha genitora.

 

A Queda Setentrional

Tão forte a vida que foge à luta;

O labor da culpa e pena.

Morro abaixo é outra sina,

Entre estrangeiros, aprecie a escuta.

 

Quem de nós irá descer

Deste mundo onde

Tudo a ver é tudo a perder?

A liberdade se esconde

No cômodo saber.

 

O corpo varonil: Velo.

Para que a rosa -

Decifra-me ou devora-me....

Decifra-me Fonte,
ensina-me a diluir-me nesta onda 
onde a força cósmica
  permite imaginar tudo que  sou.

Decifra-me ou devora-me,
conduz-me e lança-me neste abismo sem fim,
gozo continuo  sem respostas.

Cativa-me,
torna-me completamente enlouquecida,
 incompreendida por aqueles que não sabem voar,
 não sabem amar, não se permitem sentir.

Faz-me ser assim, 
completamente sem projetos, 
sem tormentos,
sem solução.

Uma incógnita, 
 louca, lançada no mundo

Isqreva sertu

Isqreva sertu

Iscrever serto pur quê ? Intendu tudo erado mermo.

Agora falando sério. Escrever é uma ótima terapia, não conheço nada melhor, criar uma estória, um personagem, um cenário, um diálogo, uma história. Dar vida e criar uma situação inusitada do cotidiano, criar um enredo, inventar a vida do nada. Não tem comparação.

Charles Silva – ou – xarles siuva

" No peito - A Luz "

No peito – “a luz”
Vindo das conchas brancas; a chave dos sorrisos para o peito, e o rigoroso perder da nostalgia, para um despertar ínfimo de brancos soltos na boca!
O timbre do piano que descia na noite, e o pano do silêncio em quanto que tirar as linhas ovais do pensamento. Seria como trazer o mel da jovialidade ao nosso encontro; um amadurecer diurno!
Falei com uma onda do mar...

" Espaço de - instante - "

Espaço de instante
Um solstício de segundo virava assim uma página
De um qualquer rigor, amontoando o livro do
Pêndulo da destreza ou para sim ou para não!
A concavidade do momento…
Física da incerteza ou feixe de luz com atraso
De acontecimento; o bónus da felicidade instala-se
No balcão de espera, mesmo ainda que a solução
Nunca esteja no horizonte.
- O pernoitar dos lábios citrinos numa folha, de
Canela espalmada no Outono dos que um dia
Acordarão no nascer do sol – pela noite; pelo ser…
Um dia na água

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