Surrealista

Isqreva sertu

Isqreva sertu

Iscrever serto pur quê ? Intendu tudo erado mermo.

Agora falando sério. Escrever é uma ótima terapia, não conheço nada melhor, criar uma estória, um personagem, um cenário, um diálogo, uma história. Dar vida e criar uma situação inusitada do cotidiano, criar um enredo, inventar a vida do nada. Não tem comparação.

Charles Silva – ou – xarles siuva

" No peito - A Luz "

No peito – “a luz”
Vindo das conchas brancas; a chave dos sorrisos para o peito, e o rigoroso perder da nostalgia, para um despertar ínfimo de brancos soltos na boca!
O timbre do piano que descia na noite, e o pano do silêncio em quanto que tirar as linhas ovais do pensamento. Seria como trazer o mel da jovialidade ao nosso encontro; um amadurecer diurno!
Falei com uma onda do mar...

" Espaço de - instante - "

Espaço de instante
Um solstício de segundo virava assim uma página
De um qualquer rigor, amontoando o livro do
Pêndulo da destreza ou para sim ou para não!
A concavidade do momento…
Física da incerteza ou feixe de luz com atraso
De acontecimento; o bónus da felicidade instala-se
No balcão de espera, mesmo ainda que a solução
Nunca esteja no horizonte.
- O pernoitar dos lábios citrinos numa folha, de
Canela espalmada no Outono dos que um dia
Acordarão no nascer do sol – pela noite; pelo ser…
Um dia na água

"Laços de fogo" - na agua..."

“LAÇOS DE FOGO”

 

 

Água na água

 

Atirava se uma corda

Solúvel de tempos em tempos

Para o meio

De todas as gotas do ar…

 

Antes de ser esperança

Um rosto de madrugada silenciosa

Envolvia todos aqueles

Que dormitavam

Na sonora e fatídica corrente

De seres petrificados no pecado…

 

O peito

No peito

E

Um toque sincero

De revalidar o que nunca ninguém

Escutou na jovialidade

" Nefasto e - "oblicuo

“Nefasto e – obliquo -”
Numa estaca de ferro, assim estava deitado o olhar vermelho de um deus com cravos e mantas de gritos a resvalar no silêncio de uma pintura surrealista e contemporânea!
No ventre, uma boca centrífuga e nada mais se poderia designar sem que chama-se; o “Orfeu” e se despissem as palavras nas catapultas da igualdade…
Pétalas de íris e a sombra do sol em sua raiz, quando a eternidade foi levada pelo assobio da serpente, e o povo queimou o manuscrito da nascença de todas as fêmeas, ainda que lindas; só ficaram; as bestas!

Na magia de um quarto

Entramos no quarto apagamos a luz,
do mundo estamos fartos ninguém nos seduz,
a vida não passa de breves momentos,
sentados no chão vivemos pensamentos.

Na magia de um quarto
ouvimos o mar
vivemos no universo
estamos a sonhar

Fechamos os olhos ouvimos chover,
ficamos em paz pois vamos renascer,
o silêncio é total o pensamento profundo,
no escuro é igual, mas diferente no mundo.

Na magia de um quarto
ouvimos o mar
vivemos no universo
estamos a sonhar

Realidade

As vezes apetece-nos sair de uma realidade
Que não desejamos
Mas ela está sempre ali a moer-nos
A arreliar-mos, a troçar de nós, impotentes.
Procuramos na ilusão a fuga
Mascaramos a realidade com um cara mais bonita
Mas quando olhamos bem, lá está ela com seu olhar vitorioso e feio
A dominar-nos, a subjugar-nos para olhar para ela como se não houvesse outra.
Baixamos a cabeça e prosseguimos à procura incessantemente que ela mude a sua face
E se torne mais bela.

Ao fundo - o real

Ao fundo – o real
Esbatida a veia da singularidade, um forte âmago de querer controlar a perversidade das flores e contudo nas esquinas dos edifícios; a surpresa do tudo e do nada, mesmo que com sete chaves do céu, um manto luminoso que dita cuidado; se mostre por fim e austero e castrador!
O culto da mulher envolto em pergaminho e num só punho fechado envolto em violetas e safiras; oferecido ao infinito e fim das solidões …

Pages