Tristeza

Alma minha. minha alma...

Alma minha, minha alma
que tão pesada te vais tornando,
arrasta te pelos dias e noites 
mais longas da minha vida…
 
Alma minha, minha alma
porque te tornastes rebelde
já nem o meu sorriso te alegra, 
não dás a menor importância…
 
Diz-me tu a razão de tal dor
que te faz entristecer
desta forma tão, irreal…
 
O que te faz ficar assim minha pobre alma 
que nem eu sei o que fazer,

Sozinho

Sinto-me sozinho, tão só que não aguento.
A solidão de estar comigo, tão só que não compreendo.
Ser um após o outro, sem deixar de ser eu mesmo.
Adaptando-me em tanto , tanto que me arrependo.
Vou sobrevivendo, como quem vive pra morrer.´
Iludindo quem vive, de que na verdade quero viver.
O monstro ou fantasma, nem sei qual prefiro.
Tantos nomes, tantos fatos que sem despir eu visto.
A saudade de quem partiu, ou a raiva de o terem feito,

NINGUÉM

LÁGRIMAS

ELAS QUEREM FUGIR

DESCER PELO ROSTO

E ALIVIAR O PEITO

MAS TENTO ESCONDE-LAS

MESMO QUE O AR SE TORNE PESADO

NÃO POSSO DEIXA-LAS CAIR.

PORQUE AÍ ESTAREI FRÁGIL

EM PEDAÇOS

TENTO IGNORA-LAS

NA ESPERANÇA DELAS ESQUECEREM

MAS ELAS SÃO PERSISTENTES

QUEREM CAIR.

AGORA NÃO CONSIGO MAIS SEGURA-LAS

ENTÃO UMA SE VAI E AS OUTRAS A SEGUEM

VOU ME DESFAZENDO EM PEDAÇOS 

DEPOIS DE UM TEMPO ME RECOMPONHO

E AQUI ESTOU

VIVENDO UM DIA APÓS O OUTRO.

SEM NINGUÉM SABER

ADEUS

           ADEUS

Adeus palavra triste,

Triste de doer...

O tempo traz a cura;

Mas, não deixa te esquecer.

 

Quando me lembro de você,

Dá vontade de chorar...

Lembrando quando te conheci,

Da maneira gostosa de se amar.

 

Você se foi,

Mas eu não disse vai!

Espero que você volte;

Do meu pensamento tu não sai!

Vem! Meu bem!

Adeus não!

Vem alegrar meu coração...

 

 

Autora: Madalena Cordeiro...

 

Com os eus e a alma...

Deixei lá distante
Algures escondido
Um eu meu amigo.
E agora perdido,
Em luta constante
Sozinho e comigo
De tão escaldante
Sou só o restante
Dum grande castigo!
Solidão imensa! 
Que sofre e que pensa
Na guerra dos eus,
Sem sonhos dos teus,
Reparo e entendo 
Que nunca pretendo
Que os teus sejam meus.
Com os eus e a alma,
Que os une e acalma 
Vou vendo o abismo,
Não penso nem cismo,
Não paro, não quero!
Nem quero saber

Que dor é esta...

Que dor é esta latente,

Que me trespassa e amassa,

Que se instala e não me passa

E destrói de tão potente?

Em silêncio me estilhaça,

 Me desintegra e desgraça

Punindo- me tão duramente!

 E dói… e torna a doer!

Rasga-me a cada segundo

Deixando-me moribundo

Sem saber o que fazer!

De onde ela vem, eu não sei!

Não tem fonte definida,

Só sei que fica retida

Da forma que expressei!

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