Perdi o autocarro.
Fiquei sentado, parado e sem reação
Fiquei a ver a tristeza na cara de quem passa
Falsa cassa alegre no rosto desta raça
Sem graça
Que não diz graça
Que grita desgraça
Perdi-me na multidão.
Então vai meu amor,
Segue o teu caminho
Desta vez, sozinho
Espero nunca mais beber da saudade
Não depositar horas em cima do balcão
Não desperdiçar horas deitado no chão
Voltar a sonhar, despido de sagacidade
Que a saudade não volte mais
Que fique apenas a vontade
Que fique apenas a verdade
Que seja verdadeiro quando dizes que não vais mais
Verdade que ficas.
Que ficas.
Que ficarás…
Ainda com profunda dor de perda ... Surge um novo poema ...
As vezes sinto-me como lembranças
Fotos guardadas no fundo da mala.
Amareladas pelo tempo
Pelas andanças ao longo da vida.
Aquelas que mostram o tempo passado.
Muitas mudanças existem
Entre o presente e o passado.
As alegrias ausentes.
Tristezas... Muitas ficaram.
Olho minha imagem no espelho
Tentando agarrar o passado
Sinto-me igual ao papel
Com minhas arestas rasgadas
A memória teimosa mostra
O sorriso que existiu
Porém em minha face triste.
Não existe mais
Sumiu!