Naquela Madrugada

NAQUELA MADRUGADA

Mordi o teu lábio.

Devagar,
deixei o meu corpo deslizar pelas tuas mãos
as paredes mansas do quarto devolviam a respiração
ainda vi a lua a brilhar pelas persianas entreabertas,
quando acendeste no meu peito uma fogueira,
recordei o último caso de amor falhado
vi a sombra da tristeza a bailar no teto,
estremeci com os beijos quentes que espalhavas ao acaso no meu pescoço.

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