vivo por ti

vivo por ti

sem escolha,
sem opção,
vivo neste sentir,
meu amor,
incondicional ser,
minha paixão ...

com teu olhar,
na minha vida,
minha eterna menina,
no meu coração...

meu sonho,
meu leito,
minha cede,
meu degustar,
minha canção...

fica comigo,
sempre,
nesta minha vida,
neste sentir,
nossa união...

msar edneser
- meu amor -

amor e paixão

amor e paixão

dupla,
frio e verão,
meus amores,
da minha vida,
numa fico,
noutra faço serão...

viagem interminável,
meu amor,
minha paixão,
por uma choro,
na outra,
triste por não...

fico nas duas,
meu amor,
minha paixão,
numa sou feliz,
noutra canto a canção...

heróis do mar,
nobre povo,
gentia e nobre,
as duas no meu amor,
as duas na minha paixão...

msar edneser

(Portugal/Brasil)

OS FUNDAMENTOS DA ALMA

há uma flor austera que absorve o suor dos deserdados traduzindo memórias de dias comezinhos; que contêm irosas reflexões sobre gente desengraçada conduzida pela intempérie ao lugar onde eu reverberava apoiado em fantasias que exploraram o desacerto a que sobrevivi desde cáveas espalhadas pela urbe.

os fundamentos da alma

atirei pedras aos meliantes, puni enfim quem teve a pouca sorte de crescer num meio rigoroso e também os que assomavam infelizes por chapinharem na imundície engendrada por aqueles que se reprimiam no paraíso celestial: é a gritaria dos estafermos que se posicionam na hediondez ambiente, são os princípios éticos que sobrenadam em tempestades emocionais, são os punhos ameaçadores contra os que se renovam no tablado do poder.

OS FUNDAMENTOS DA ALMA

as palavras entretecem fios de ouro intermináveis que se soltam em cataratas de luar ou em exércitos de propaganda sentimental quando a farsa mundana escorraça a malquista relação com a honestidade que induz a sofrer com água na boca se a condição de versejadores nos faz sentir uns homens sinceros.

os fundamentos da alma

a gaiola chora de ciúmes quando o jardim se estende pela manhã primaveril (o hábito previne a solidão e a maldita ternura alavancada pelo tédio...); tenho receio de premir a tecla do bom senso para contradizer os hábitos assombrados porque a gaiola tagarela sem parar refreando a minha impulsividade.

OS FUNDAMENTOS DA ALMA

é a reminiscência dum olhar vesgo que despeja fulgurância na poesia; é o alento emitindo palavras incisivas; é a firmeza do pensamento calcetando o piso duríssimo da mocidade quando obrigo os dizeres a contornarem os lugares-comuns onde havia sentinelas a enaltecer a roupagem patriótica ou o carpir miudinho da populaça a regar as flores do capital.

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