AMOR, NOITE E MADRUGADA

AMOR, NOITE E MADRUGADA - Não esqueço as noites Não esqueço as madrugadas A diversão, a amizade, os afoites A after party, a viagem, as alvoradas Lembro-me da animação Lembro-me das memórias As pessoas, a música a reflexão A procura, o desejo e as histórias Recordo as noites Recordo as madrugadas As bebidas, o fumo O melhor das conversas, o sumo Evoco a tua chegada E não lembro mais nada Deitaste abaixo a porta da minha alma E no mais intenso furor regressou também a calma. 10-05-2016 In " Prosa Poética de Um Romance Anunciado" de Mário Baptista.

A TI TE QUERO

A TI TE QUERO - A ti te quero O teu olhar O teu sentir O teu pulsar O teu sonhar O teu lembrar O teu rir O teu chorar A ti te espero / A ti te quero O teu aviso O teu gostar O teu improviso O teu ousar A ti te espero / A ti te quero Quando não tiveres mais motivos para ficar A ti te espero Quando não houver mais palavras para falar. 11-05-2016 In " Prosa Poética de Um Romance Anunciado" de Mário Baptista.

DESEJO E PAIXÃO

DESEJO E PAIXÃO - Quero a tua boca beijar Das tuas mãos sentir o desejo De prazer fazer-te arrepiar Da tua ousadia sentir o ensejo Quero-te junto a mim Sentir o teu cheiro Percorrer-te sem fim Ter-te por inteiro Quero emoção e desejo falado Línguas, costas, pernas, braços, ânus, mãos, pés e seios Sexo por todos os meios Repetição do orgasmo gritado. 12-05-2016 In " Prosa Poética de Um Romance Anunciado" de Mário Baptista.

Doçura

DOÇURA - És bela e calma Qualquer um to poderia dizer Mas não com a alma Como eu o sei fazer O teu nome me faz suspirar Na minha boca como mel O meu coração faz palpitar Na cidade do burel Passeamos de mãos dadas Saboreamos no shopping os gelados Na noite dançamos cantamos e conversamos Mas é sob as estrelas que ficamos deliciados Encontro de carinho e ternura Sedução paixão e prazer Requinte prestígio e candura Este que fazemos acontecer 13-05-2016 In " Prosa Poética de Um Romance Anunciado" de Mário Baptista.

Talvez seja uma palavra

Disseram-me que para crescer,

Eu teria que mudar.

Contaram-me que para aprender,

Teria de falhar.

Ensinaram-me que sofrer,

Faz parte de amar.

Que na vida para correr,

Eu teria de andar.

 

São histórias contadas,

São retóricas debatidas.

São memórias inventadas.

Por mentes distorcidas.

 

Mentes que me elucidam,

Que me dizem como escrever.

Numa métrica que diziam,

Ser a única a escolher.

 

REVIVER

REVIVER

Pousei os olhos naquela foto amarelecida,
sem o ansioso filtro da inocência.
O tempo derrubou as promessas de juras,
escombros de ardor, descoloridas ternuras.
O relógio da vida mirrou a flor que jaz esquecida
na carta de amor que me marcou na adolescência.

Os anos galgaram as sombras esconjuradas,
debutando algumas rugas, nas faces resignadas.

Lamento do Entardecer

LAMENTO DO ENTARDECER

Uma lágrima escorre por dentro

Lavando a amargura de todas as ausências.

Do Amor, do prazer, da alegria.

Da falta de uma vida inteira.

Este modo de esmorecer lentamente

Tem a medida dos silêncios Das falsas tranquilidades Dos bons comportamentos

Do enganador verniz brilhante.

Apagam-se as luzes da ribalta. Perdem-se as cores.

Ficam as memórias a preto e branco, e alguns entusiasmos intermitentes.

Há um frio gélido nas mãos

Um brilho de água nos olhos

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