Latido dos silêncios
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 7 January 2016
Sigo o latido dos
silêncios que correm
em debandada
Por vezes viajo pelo tempo,
Tão antiga que é minha alma.
Dos seus extremos até ao centro,
Percorro-a com toda a calma.
Vejo, vivo, respiro.
Tudo aquilo que dentro de mim persiste.
Um beijo, um livro, expiro.
Enquanto meu corpo resiste.
Um dia que a vida me abandone,
Perde-se tudo também.
Que minha alma não tem dono,
Quando deste corpo vive sem.
Realizador deste ardor,
Embora doa realizo-a.
Realizo esta dor,
Onde o teu nome a suaviza.
O tempo
É sempre o tempo que me cansa