Sobre a lua

Sobre a sombra da lua

Nossos corpos se tocavam

Nossas bocas se queimavam

Em um frêmito de prazer.

O frescor de seus lábios rutilantes

Acalentavam -se entre meus seios

Fazendo com que minha mão tremula

Buscasse calorosamente o seu afago.

O suor que percorria seu pescoço

Me envenenava lentamente

Seu toque quente me seduzia me despia.

E neste constante pecado

O aconchego da lua se fechou

Contudo seu frescor ainda permaneces em mim.

 

 S.M. 

Cidade celestial

Para lá de todas
 
as fantasias dormitando
 
entre celestiais coreografias
 
do tempo
 
submergem felizes
 
os ventos gratinando a vida
 
que brada veemente
 
em tons e matizes coloridas
 
de esplendor
 
consumindo a brevidade
 
e as longas horas
 
em que respiro cada revelação
 

Os Profanos do Tempo

(retirado do romance - OS PROFANOS DO TEMPO)

Estava longe o dia em que a bela Armagadri viesse a integrar o império romano. O povo celta feliz pelo acontecimento ia cantando louvores aos seus deuses:

Estala a druídica e profética visão
Sobre as almas desabafa a tormenta
Ergue-se Taranis deus do trovão
Ecoando o furor de forma violenta

Vós romanos que a morte não isenta
De aprenderem com a dor mais uma lição
O deus Lug o vosso sangue fermenta
Decantado dos corpos em punição

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