Querido netinho

Afago-te com as minhas mãos

 

E sinto em ti vestígios de mim

 

Tua chegada me encantou

 

Teu cheiro a bebé me hipnotizou

 

Aqueces minh` alma com ternura

 

Meu anjinho, minha loucura

 

Quero ser o teu caminho

 

Para não encontrares espinhos

 

Quero ser os teus olhinhos

 

Para que vejas o mundo perfeito

 

Quero ser o teu amparo

 

Dar-te muito amor, meu netinho adorado

 

Porém, meu pequeno príncipe

 

Sinto falta de ti

 

Sinto falta de ti

 

E da alegria que trazes ao meu humilde coração!

 

Do amor que me ofereces tão gentilmente

 

E me enche de emoção.

 

Da tua ternura inquebrável

 

Do teu sorriso constante

 

Da tua simplicidade inalterável.

 

Percorro distâncias para te encontrar

 

Mas na distância me vejo sem ti

 

Porque em mar de sonhos me perdi.

 

E percorro montes… vales…

 

Debaixo de um sol abrasador

 

Observo-te

Pinto tua alma.

Do teu corpo

 Faço uma escultura

A tua beleza fascina-me…

Domina-me…

A tua expressão

Conquista-me…

Teu olhar misterioso

Fascina-me

Teus gestos tão requintados

Guardam mil segredos

Que procuro desvendar

 

Observo-te…

 

Com ternura te admiro

Teus traços doces e delicados

Fazem-me suspirar…

Hum… teu sorriso lindo

É de encantar!

Lua

 

Musa inspiradora dos meus versos

Que acaricias as estrelas

E apareces majestosa ao luar

Espelhas-te nas águas cristalinas

Enquanto os lobos uivam

E os poetas libertam sentimentos

Estimulas os sonhos

E fixas-te no coração

Do homem apaixonado

Lua…

És o mistério que só o amor sabe explicar

Peço-te protecção para o meu coração

Retira dos meus pensamentos

Um passado de desilusão

Tu que tens um lindo brilho

Um gesto de clamor

Que fecunda em admiração

Lágrima

Tristeza, pânico, obsessão

Gosto salgado

Sabor a mar

Sonhos desfeitos, desilusão

Dor no coração

Lágrima, pura lágrima

Mistérios, segredos

Angústias…

Simplicidade, nostalgia

Saudade…

Desencanto, tormento

Lamento…

Vazio, mágoa

Mares revoltos…

Fraquezas, desespero

Paixão…

Enlevo, sofreguidão

São meros sentimentos

Da mais pura expressão

De uma lágrima

Esta saudade...

Esta saudade é uma dor

Que provém do amor

É uma estrela cadente

Que se transforma em semente

Esta saudade é uma alvorada

É acordes de poesia perfumada

É o refúgio de uma alma enamorada

Esta saudade é o toque de um violão

Que une notas perdidas numa canção

Descompassando o coração.

As sementes da minha ilusão

Na noite procuro um abrigo

De chorar virei pranto

Não tenho amor para amar

E sem forças para lutar

Tenho a alma entristecida

Tenho meus olhos tristonhos

Em meu peito pulsam os sonhos

As sementes da minha ilusão

Rasgam-me o peito em paixão

Um amor guardo em segredo

É desejado como um brinquedo

E por mais que tente encontrar

Caminhos que me façam crer

Que te vou esquecer

Vou colhendo pelo chão

As sementes da minha ilusão

Fátima

Minha irmã, minha amiga

Hoje trago-te uma flor

Com amizade, carinho e ternura

Para aliviar tua dor

Tem o pensamento sempre firme

Naquilo que tanto desejas

Para que sejas feliz

E possuas tudo quanto anseias

Zelarei sempre por ti

Para que os rios não te inundem a alma

E para que nos teus pensamentos

Floresçam rosas

E no teu coração

Terminem os tormentos

Mostra-nos o teu belo sorriso

És mulher que desabrochou viçosa

Entre tantas outras rosas

E que sempre perfumaste

A ti

 

A ti, querida irmã

Que me viste nascer

Me ajudaste a crescer…

Eu te escrevo estes versos

Desejando-te um futuro de sucesso

Porque numa segunda mãe te tornaste

Com paciência me ajudaste

Tantas birras me aturaste…

Para mim és especial

E como tu não há igual

Brindo à tua força e alegria

Quando a morte me abraçar

Quando a morte me abraçar

Não me deixes só, meu amor

Deixa-me despedir de ti

Para voar como um anjo

No imenso mar do Céu

Sem chorar o que perdi

Quero rever meus amigos

Meu pai, minha mãe e meu filho

Meus quatro irmãos

Que com amor dividiram nosso ninho

E enquanto minh` alma existir

Quero continuar a escrever

E se o tempo não me deixar

Quero que leias todos os dias

As minhas poesias

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