Espera
Autor: Oscar de Jesus Klemz on Saturday, 29 October 2022
Eu achava que o meu forte era te esperar
até entender que o teu, era fazer com que isso
a poesia ignora os gritos obscenos das multidões quando exalta a sensibilidade daqueles que procuram a sua luz fulva e redentora; ou quando investiga as querelas sórdidas no alforge do mundanismo.
Cortei meus desejos pulando da janela.
Pingo as lúgubres gotas de uma paixão,
infelizmente afoguei meu amor nela,
e detive quedas por quedas com meu sermão.
Fitaram meu cadavérico moralismo,
enterrado em uma estupidez antiquada,
deram-me o meu velório merecido
soterrando a faca e laminando a alma fraca.