Tudo passa...até o tempo!

Tudo passa…até o tempo por uma fresta de solidões inesgotáveis
Quando entardece dentro da alma o silêncio fenece absurdamente degradável
Assim se dessdenta a alma ao lavar-se no odre de cada prece lastimável
 
Tudo passa…até o tempo esquartejado por trilhões de segundos deploráveis
Palavras ardentes são a sequela das desilusões amarguradas e recicláveis
Desagua dos céus um aguaceiro de ecos atónitos e inconsoláveis
 

Andorinha

Veja a andorinha como voa
Tão à toa que não chora só
Ruflando tranquila, tão boa,
Pois voltará como um faraó
Ao deserto da infinitude.
Eu queria estar na nuvem dela,
Bailar sossego da solitude,
E convidar a primavera
A assumir o meu brilhar.

 

DESAFIOS

 

 

 

ah este privilégio

de tanger

o indelével prazer

 

ah este sentimento

de obter

o inexprimível alento

 

ah esta necessidade

de contornar  

o vil descaminho

 

ah este desafio

de florir

sobre o sal da terra

 

ah esta pretensão

de superar

a própria imperfeição

 

 

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