Só Por Hoje!

É o fim

Mas também o começo.

Meus olhos úmidos

Olham  ternamente as estrelas do céu

Procuro esquecer as estrelas da terra,

Só por hoje!

A cada dia que passa

As memórias não vividas esvaecem 

E me enlouquecem outrossim.

E se eu tivesse vivido?

E se eu tivesse esquecido,

Os olhos que me cercavam?!

Nos olhos daquela dama,

eu naufragava!

Nos lábios da mesma dama,

eu me afogava!

E não praia dos seus beijos,

Eu não cheguei!

Morri nos seus sonhos,

Que venha 2014!!!!!!!

Poesia, poesia... Viva a poesia!

Que se ascendam às luzes da sublimidade, e corra entre nós o rio majestoso do amor numa dimensão universal, espetacular...

Que venha radiante 2014!!

Cheio de esperança, paz, e muita sabedoria.

Brilhando no céu, por entre fogos de artifícios, e bilhões de estrelas altaneiras.

Levando a raça humana a refletir as suas debilidades, corrigir seus erros, abraçar seus desafetos, e amar intensamente.

Indecifrável

Já era madrugada quando acordei assustado. O que havia acontecido nos dias anteriores me perturbava de tal maneira, que os meus pensamentos não me deixavam mais dormir. Uma mágoa atingia meu coração. Era um peso enorme e eu não conseguia me livrar desse peso de jeito nenhum. Fui até a sala sem fazer nenhum barulho e fiquei ali, sentado no sofá.

Amor, Viva esse espetáculo!

Cai feito gota de chuva,

Mas em poucos segundos suplanta todo mar.

É luz austera da vida

O canto vívido da esperança,

Que os passarinhos alegremente se põem a cantar,

Gozo pleno de uma paz infinda.

Sua fragrância excede a essência dos mais puros nardos

Os deuses da Grécia antiga se ardiam em ciúmes,

Por ser ele, louro, negro, ilibado;

De todos, maleável emprego.

Não se podemos medi-lo

Pela extensão territorial do universo;

A Ele foi presenteado o paraíso dos deleites,

O céu de todos os versos,

Saquinho de mágica

Corre, corre o saquinho de mágica...
Esparramando pó prateado de estrela ao vento,
Revelando magia,
Fazendo voar o pensamento.

Não tem coelho nem cenoura,
Tem cartolina e pincel colorido;
Recortada pela curva da tesoura,
Tem-se um mundo imaginário e infinito...

Sim salabim!
O saquinho não fica parado;
Tem mãos de criança,
Tem pés cruzados.

Quem aprendeu à mágica?
Dê um brado de alegria!
Pegue cartolina e pincel...

Náusea (memória a Sartre)

Rostos absurdos olham por sob sombras imperfeitas
À captura do erro perdido numa imagem acolhida,
Há muito ausente.

Anos vão e não voltam,
Doces melodias a volitar em caos,
Disforme na desordem,
Rosto decente a romper-se em chavelhos diabólicos.
Dama tempória
Tocada como cordas de violão desafinado.
Somo campos mortos nas esquinas vivas,
Palavras temporãs
Para que próximos as têmperas
Pousam breves brisas poéticas.

Passagens

A mão fresca da noite recém chovida
desliza as últimas gotas que sobraram
em meu corpo.
 
Depois, vem a calma
que sucede a eternidade
dos encontros fugazes.
 
A eternidade dos amores passageiros
que se consumaram entre as marés
na chama do momento sempre.
 
 
Produção e divulgação de YARA MONTENEGRO, do Rio de Janeiro, em Dezembro de 2013. Feliz 2014 para todos.

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