Tua melodia canta, amor

Os teus versos me encantam
- Cantam,
Com tua luz do meu abismo,
E ressoa por dentro d’alma,
- Calma,
Que sinto no meu niilismo.

A melodia é a lua
- Tua,
Cheia do teu amor alçado,
Amarrada à insolente
- Lente,
Do meu desejo avistado.

Sou teu livro de anotação
- Ação,
E já não quero mais ler,
Quero vós para sempre
- Sempre,
Escrevo em ti o meu ser.

 

Onde caminha o mar...

Caminha o mar sobre as margens da maré tão alta, tão paliativa
Numa amálgama de palavras marulha a maresia ainda mais afetiva
Além uma elástica prece apascenta a fé que brada domada e depurativa
 
Nos caminhos do mar o tempo navega à bolina de uma brisa exaustiva
Irradia aquele reboliço de ilusões coloridas por ondas de afetos imperativos
Quase maquiavélica cada hora flerta um sedento enamorado segundo furtivo
 
Frederico de Castro

NOSTALGIA

 

 

 

 

só se percebe

o que se deriva

da nostalgia dos sentidos

suprimindo seus ecos

na torre inquieta

do futuro imediato

que ao confrontá-los

irá conduzi-los

ao esquecimento

frente ao que já estiver

plenamente consolidado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O EXPRESSO DE RETIRO 5('PATACO-PATACO!')

Pataco-Pataco-café-com-pão-tic-tac-piuí...
Volta aos trilhos o trem de 'Ritiro'!
A volta 'do que nunca foi', volta e meia seguindo por uma linha reta e imaginária,
'linha de contorno', seguindo a risca, 'arrisca', mas só petisca um pão, manteiga não! 

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