Lágrimas

As lágrimas decaindo sem parar,
E chuviscando lamentos na terra.
Ó lavas dramáticas e molhadas,  
Por melancólicos dedos cansados.
Secando na várzea jovem, a pluma,
Uma pluma negra a ciscar o fogo:
Sem cor e desolada ao voar:
Ventando sua morta nostalgia.

 

O AEROSCÓPE

Finalmente terminei o meu Aeroscópe...!
Com asas de imaginação, feito com um limão,
Movido a limonada, verve e 'brainstorm'
Como combustão!
Com ele podemos fugir rapidamente dessa dura realidade...
Andando e dando um passeio pelas nuvens, Terra do Nunca, Utopia,

Leia com calma... e com um dicionário (ou dois)

...e no Instagram uns quantos novos seguidores, de nomes chistosos e sem postagem alguma. Rio-me tanto, quem um dia perguntou arrogante: - "será que eu tenho pivete? Ninguém pode gostar de mim, só tu?"

Na altura, desamparada e subtraída, pensava ter perdido alguma coisa e só soube chorar...

Introversão

Sozinho na mente
Livre na torrente
Rasgo mais um papel
Na voz do meu tropel
Oriundo ao pensamento
Contendo um lamento
No oceano desalento
De desgraça faço água
A exaurir poema ao nada
Inspiração da terra
Vem da luz etérea
No poema do além
Renasço um porém
Morte e vil angústia
Mas virtude ou penúria

 

Os itens do silêncio

Cada item do silêncio é peculiarmente extravagante
Empola todos os desvairados lamentos quase delirantes
Agrega em si os mais absurdos e estapafúrdios ecos insinuantes
 
Num ínclito sussurro a manhã desvela-se tão abrasante
Rega todos os desejos estrondosos, mirabolantes…tão divagantes

Julgamento

Dispostos a nos julgar,
À espreita com dedos,
À esquerda, ofensa vulgar,
Ao meio Deus fitando.
Uma lástima ser assim,
Os santos no estopim
Com o homem caído;
Deixe-o prostrado
No seu ódio largado
E queimado no ímpio.
Seja a diferença, filho,
Brevidade é um logro;
A canção engana,
É uma música profana
Como uma doce lira,
Tocada na raiz da ira.    

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