Na verdade, não sei, quem na verdade sou

Não sei se sou quem na verdade pareço ser!
Sou tantas vezes lágrima em sorrisos perdidos
Que afoguei a minha própria tristeza no peito.
Sou um trapézio de cordas bambas mas seguras,
Sou um rio que a chuva enche de lamentações.
Sei quem sou aos olhos da chuva que me encharca
Mas na verdade, não sei, quem na verdade sou.
Por vezes, sinto-me assim, a modos que perdida
Apetece-me chorar! Mas já não sei como se faz!
A vida tratou de me roubar as lágrimas salgadas,
Marcou-me um destino de brisa-primavera,

DEFRONTE A TI

Em vez de lamentar em meu retiro,
Naquela hora eu queria ser um rei.
No píncaro da ventura e da glória,
Tua fronte tão doirada eu fitei!

D`enleio um fervor em meu casto peito
Aos teus olhos luzidios me guiou;
Uma lágrima vaga ungiu-me a face,
A face que o amor não afagou!

À refulgência de um olhar castanho,
Levantei minha asa de poviléu,
E como águia valente e soberana,
Eu só queria conquistar o céu.

Sessão de Apresentação da Obra" Em Teus Olhos Seria Vida"

Sessão de Apresentação da Obra "Em Teus Olhos Seria Vida" de José Manuel Pereira.

A obra será apresentada por Rogério Rodrigues Ferreira.
No decorrer do evento haverá um momento musical, interpretados pelos cantores líricos Ana Cardoso e Nuno Cardoso e declamação de poemas por Hugo Rendas, Joana Nogueira e José Manuel Vieira.

A sessão terá lugar no dia 30 de junho de 2013, domingo, pelas 17 horas, no salão nobre do Teatro Eduardo Brazão.

VELHOS DE TODO O MUNDO: UNI-VOS - II

Velhos de todo o mundo: UNI-VOS

 

Neste momento conturbado,

em que este povo é ofendido –

da ganancia do grande capital,

na voragerm, nada é perdoado,

aos pobres tudo é consentido,

à classe média – o assalto final!

 

A Senhora Merkel, bem robusta-.

em sua cátedra, conduzindo,

TROVAS MALANDRAS

TROVAS MALANDRAS

Em tudo existe um mistério,
por isso quero alertar:
Não leves a vida a sério,
pois foste feito a brincar.
* *

Quando o corpo vira chama,
a paixão logo penetra...
Surge o apelo da cama
e... etecétara... etecétara...
* *

Ó minha querida prima,
sinto o meu osso ranger...
Se queres ficar por cima
vai tratar de emagrecer.
* *

Para traçar um bom bife
o melhor é a nossa faca...
Pior que carregar chifre,
é ir sustentando a vaca.
* *

Sacrifício

A borboleta às cores pousou na flor às cores a morrer por cima do pano que tapa o espetado que havia sonhado e gritado e caído amparado na terra dos pedaços de carne em decomposição. Na terra dos pedaços de carne em decomposição há o esperma que caiu no canto escuro da casa e que depois foi atirado para fora da porta trazendo consigo os cavaleiros do apocalipse que ainda hoje encostam o focinho preto dos cavalos nas vidraças. O focinho preto dos cavalos nas vidraças desenha uma boca fechada e despro-vida de sensualidade tal como um corpo gretado e sujo envolvido numa mortalha tosca.

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