Canção ao Metal Negro

Dedico esta trova fúnebre
A ti todo teu mal caótico
A canção da sombra lúgubre
O teu desejo mais utópico.     
 
Exterminar o que é mais parvo,
Eliminar o que é benévolo,
Protestando com todo garbo,
Escurecendo sendo malévolo.

No bosque invernal te encontro,
Murmurando ódio a esmo,
Esmaecido por vencer o monstro:
O amor que te deu desprezo.

 

 

Eu odeio o conhecimento

Eu odeio o conhecimento.

Maldita Eva saciadora da fome,
O fruto mais amargo: a promiscuidade.
Promíscua porque traiu o senhor.
Provou o que não deveria,
Pois agora, a humanidade se nauseia.
Vomita contradições do entendimento,
Somos regurgitos de ideias difusas.
Certo, errado, bem e mal, bonito e feio;
Todo conhecimento é um veneno,
Nossa cauda é o chocalho da cascavel
E as presas, são os livros.

Sem propósito?

Avidez por mudanças nos causam mal. Por qual razão tanta pressa em conhecer e alterar nossa realidade? Somos turbulências de píxeis, amarrotados pelo excesso de dopamina. Tudo o que é dito são remessas de conhecimentos que provavelmente não aplicaremos em nossas vidas.
 

Pages