SER E LER
Autor: AMANDU on Friday, 8 February 2013AMO
A TUA VIDA
E VOU
VER
A MINHA
ESCRITA BELA.
AMO
A TUA VIDA
E VOU
VER
A MINHA
ESCRITA BELA.
“ Vazio… “
Quem ouvirá o vento urrante,
Como folhas de florestas,
As brancas rochas rosnando,
Na luz brilhando,
Na lua caindo…
Um corpo de vela,
A tempestade murmurando,
O abismo movendo?
Quem ouvirá a voz delirante,
Sem pressa caindo,
Na agonia, no desespero,
“ Estilhaços na mente… “
Estilhaços de mente, debaixo do néon,
Perfuram-me a Alma, numa dança estonteante,
Percorrem labirintos, que só eu conheço,
Numa inconsequente sonolência,
Numa lágrima escondida… em pesadelos suados,
Enquanto os meus sonhos aguardam,
Dilaceram a noite acordada,
Camuflam o ego na doçura,
Escondem o corpo rasgado,
“ Reflexão… “
Hoje, estou prostrado,
Numa inquietude amarga,
Num vazio, tão inerente,
Que não consigo afastar…
Hoje, deixei passar a vida,
Indiferente na sua vontade,
E, em tudo o que lhe pertence…
Hoje, não quis sequer ir em frente,
Olhar o caminhar dessa gente,
Que não faz parte de mim…
“ Alma embriagada…”
Delineie a vida, encarcerado na sombra,
Bebendo o desconforto, de uma mente exorcizada,
Arrancada da Alma, num momento errante,
Que trespassa o tempo no cosmos,
No meu olhar distanciado…
Anseio no ego, a utopia da paz,
Na morte elaborada,
E, de uma forma desconhecida,
Tento sair sem mais nada,
Todo amor é desmedido...
Todo amor é feito de duas medidas,
A pouca e a muita, a que ama pelos dois
E a que não ama nem por um,
E é na desmedida
Que se embriaga a alma pura,
E é nessa desmedida que...
A parte amada... Desama e amarga,
E a parte podre vai contaminando a sã,
Estragando a parte apaixonada,
Transformando a alma inocente
Num monstro a imagem e semelhança...
A altura de seu mestre...
E assim se alastra a praga...
Dos corações desalmados e frios.
“ Retorno…”
Anestesiei a mente, deixei o ego na alma,
E num surto de raiva, escondi o ódio na dor,
Criei um espaço cá dentro, tranquei-me, fui por aí,
Caminhei no sentido, procurei por mim,
E no vazio que me resta, tombam a alma e o espirito,
Tapam-me na noite indigesta,
No gelo que teima em dormir,
Negam o sono tranquilo,
“ Pensamento que voa…”
Solto, tão leve e transparente,
No intuito, ou na consciência,
Na vontade, ou no arrependimento,
Tu, que vives fora e dentro,
Não dormes por um momento,
Existes no infinito,
Danças em rodopios, que na alma ficam para sempre,
Rasgas olhares que não vêem,
Entras, sais, por um momento,
“ Viajante…”
Como seguir, sem as estrelas, nuas…
Despidas do cosmos presente,
Na imensidão constante,
Na profundidade e incerteza…
Onde me coloco? Em que ponto?
No presente, no instante, na existência do espaço,
Na impotência, na ignorância, na crueldade,
Na eloquência…
Na inexactidão do espaço,
“ Auto-retrato”
Sou tudo aquilo que sou, na ambiguidade, nos extremos da vida,
Corpo cansado, atirado, na ira da hipocrisia,
Sou espirito, sou alma, sou sangue, sou rio que corre em mim,
Sou a pele que cobre a dor, sou tudo o que fica no fim…
Sou ansiedade, nas questões que enlaço,
Inconstância, nas respostas que não tenho,
Sou prisão, no meu espaço apertado,