SOU APRENDIZ

Não sou Patativa
Nem sou do Assaré
Não conheço Olávio Bilác
Também não me chamo Zé
Da poesia sou um aprendiz
Só conheço um machado
Que não é o de Assiz

Já uovi falar de Cassimiro
Aquele de Abreu
E juro que muito admiro
Um dos poemas seu
O que fala da aurora de sua vida
Que sempre me faz recordar
Da minha infãncia querida

Noite de Inferno

 

Bebi um grande gole de veneno. - Três vezes bem-dito o conselho

que até mim chegou! Abrasam-se-me as entranhas. A violência do

veneno convulsiona-me os membros, desfigura-me, atira-me ao solo.

Morro de sede, sufoco, não posso gritar. É o inferno, a condenação

Momentos

 

“ Momentos”

 

É em momentos, momentos só meus,

Que inevitavelmente, partilho pedaços de mim…

Momentos esses, quer frágeis, ou despidos de preconceitos,

Me fazem transbordar, encher…esvaziar,

Entristecer, comover, ou mesmo gratificar,

Enraivecer, temer a vida, olhar em frente,

Recuar…

É em momentos, momentos só nossos,

Sonhos...

 

“ Sonhos… Apenas Sonhos “

 

Inequivocamente o vazio, ausente do corpo,

Que adormeceu na noite, que jazz no silêncio,

Irreflectido da consciência, espelho da Alma…

No ego, no ser, na consequência do nada,

Tão leve na intenção, por vezes deturpada,

Tão obscuro na sua essência,

Na resposta não dada…

Sobrevoa a mente, anestesia a Alma,

Abraça-me…

 

Abraça-me…

Não digas nada
chega devagar
e sem eu esperar
suprime o espaço
com o teu abraço
que me faz acalmar...

Vem e sem segredo
afaga meu medo
que vive no peito
e que sem jeito
não me deixa sonhar...

envolve-me sem motivo
deixando-me cativo
dessa tua oração
que dá ao coração
razão para ficar...

Pages