Ser Português...

                                 

Trago ancorado no peito               Brando céu que te afaga
vestido de sol e mar                       sol que beija sem queimar
um orgulho pintado                      as flores que nos teus campos nascem
de cores por explicar,                    e que te querem namorar,

Ao Amor

 

 

Ansiosamente o procuramos por todo o lado!

Desde bebés para as mães e vice versa,entre irmãos, mais tarde Homens e Mulheres,pais para filhos,avós pelos pais!

Se amor não é ter mas dar!

Porque tanta insatisfação,loucos ciumes vâs tentativas de posse,guerras e depressões!

Quando teremos nós a paz de o procurarmos com o CORAÇÂO e perdermos essa neurótica ansia de ócio da mente!

ANSI IOSA MENTE  

Dispersos

1

    --Soffro por ti nesta auzencia,
    Tanto que não sei dizer.
    --Meu Antonio! Tem paciencia!
    Soffrer por mim é soffrer?

2

    Ah quem me dera abraçar-te
    Contra o peito, assim, assim...
    Levar-me a morte e levar-te
    Toda abraçadinha a mim!

3

    Ai ella é tão pequenina
    Que, quando ao meu collo vae,
    Diz o povo: uma menina
    Que vae ao collo do Pae!

4

*ARANHA*

N'um sonoro theatro antigo da Alemanha,
D'um violino aos ais, banhada de luz viva,
Surgia d'um covil uma grotesca aranha,
Dos banquetes do Som habitual conviva.

O ser sombrio e obscuro, ó meu amor! não priva
Da adoração do Bello, a adoração extranha!
E assim se embriagava a escura pensativa
Da lyrica emoção que nossa alma banha!

Mataram-a uma vez. Não mais a pobre amante
Da Musica, surgiu áquella luz brilhante;
Foi-lhe o velho theatro a sua sepultura...

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