Pra sempre
Autor: Alessandro Moura on Friday, 11 January 2013
Somos a brisa e o fogo.
O mar e a lua
A flor e o jardim,
O beijo ardente, e a pele nua.
Nascemos da mesma placenta.
Sou tua sorte
És minha fonte inesgotável,
E juntos somos mais forte do quer a morte.
Um conto de amor será: nossa historia...
O vento contará ás estrelas tudo que sentimos
Coração e alma...
Abraçados prosseguimos.
Você e eu de bengalas nas mãos...
Beijando nossos netinhos
Com o mesmo amor, e a mesma gentileza na fala...
Te perdoei
Autor: Alessandro Moura on Friday, 11 January 2013Você deixou de ser pra mim saudade.
As noites pungentes e enlutadas
Espinhos indianos na minha estrada
O punhal traiçoeiro, e a inverdade.
A dor sufocando meu peito.
O desencanto da minha alma
As lágrimas torrenciais inundando meu leito
O pássaro agorento que silenciava minha fala.
O enigma que me trazia medo
O vazio que avassalava meu coração
A terrível angustia que me assistia bem cedo
Os dentes afiados do tubarão.
Enfim, você deixou de ser pra mim o amor da minha vida.
É natal
Autor: Alessandro Moura on Friday, 11 January 2013
Vejo anjos brincando na chuva.
Uma nuvem alvinha sobre meus olhos flutuar
Crianças vestidas de ternos e luvas...
Em noites brilhantes a bailar.
É natal! Exclama no céu azul uma estrela pequenina.
E na terra... Tão ferida pela guerra, e desamor,
Pelo o egoísmo, e pela dor.
Nasce luz... A paz gloriosa que a todos sublima.
Por um instante os homens reconhecem seus vis retratos.
Não se veem mais mendigos nas esquinas
O soar inflamado das tribunas “cretinas”
RETÓRICAS * Antonio Cabral Filho
Autor: Antonio Cabral Filho on Friday, 11 January 2013VERSOS IGUAIS
Autor: SÉRGIO TEIXEIRA on Friday, 11 January 2013
SEGUNDO PSALMO DE DAVID
Autor: João de Deus on Friday, 11 January 2013 Porque anda o mundo todo enfurecido,
Se esforços contra Deus são todos vãos?
Os grandes, mais os reis, deram as mãos
Contra o Senhor, contra o seu Ungido,
--Estas correntes, é despedaçal-as,
Este jugo atirar com elle fóra!
E lá cima no céo, o que lá mora
Não faz mais que sorrir-se de taes fallas.
Mas em lhe dando a ira, aonde então
Se hão-de metter, com medo, os desgraçados!
Coroou-me rei no alto de Sião,
Cumpre-me publicar os seus mandados.
PRIMEIRO PSALMO DE DAVID
Autor: João de Deus on Friday, 11 January 2013Bemdito o que não cahe em se guiar
Por conselhos de gente depravada;
E em vendo que vai mal, muda de estrada,
E nunca se demora em mau lugar;
Que o seu empenho é só unicamente
A lei de Deus, que estuda noite e dia.
Como a arvore ao pé d'agua corrente,
Dá a seu tempo o fructo que devia.
Nunca lhe cahe a folha; empresa sua
Sahe por força conforme o seu intento;
Em quanto o impio, o mau trabalha e sua,
E é sempre como o pó, que espalha o vento!
*NO ENTERRO D'UM CORAÇÃO*
Autor: Gomes Leal on Friday, 11 January 2013(A Betencourt Rodrigues)
Vaes a enterrar nas hervas verde-escuras,
Na fria terra, ó santa, que devias
Não ter roçado estas paixões impuras,
E estas lepras,--irmã das cotovias!
Vaes a enterrar sob as folhagens frias,
--Vóz alegre, rir cheio de doçuras!
Ó lindo coração! que só te abrias
Para a dôr das alheias amarguras!...
Vão-te levar á terra, ó casto e amado!--
Mas olha!--os vegetaes tem mais cuidado
Dos seios virginaes do que a paixão!...
*A LENDA DAS ROSAS*
Autor: Gomes Leal on Friday, 11 January 2013No principio eram mais doces os olhares
Socegados de Deus!
Era mais verde o manto destes mares
E mais azues os ceus!
Não tinha nuvens este sol na rota,
Nem tormentas o Sul,
Nem era, como o olhar d'um idiota,
Impassivel o azul!
Não choravam no val escuros casos,
Á noute, os tristes ventos!
Nem eram como hoje, nos occasos,
Os ceus sanguinolentos!