Bela musa

Bela musa

Por que bela musa te amo?
Teu corpo supra sumo humano
Quiçá maravilha humana!
Que não deixa imune minhas vistas

O que ainda te torna esplêndida?
Teu corpo é longo deleite
Com fortificada guerrilha invade
E de derrotado faz meu triste e insano prazer

O que de sensacional ainda te torna minha musa?
Perfeita sintonia, corpos em harmonia
É o que me torna vivo? lúcido?
Fuga fugaz, a minha miopia.

Mãe

Mãe
Senhora de grande esplendor
Os anjos não te protegem como eu
Sou apenas um escravo
Que veio também pela tua santa permissão
Os anjos são mais peritos na proteção
Estes mesmos anjos anunciam ao mundo
o amor sincero de um mãe :
Serás grande entre as mulheres!
Também disse um anjo.
Uma mãe que encoraja nos momentos difíceis
Que vai além dos limites,
E pelo filho, sua razão de viver.
Um mãe pelo filho e capaz de morrer
Minha mãe significa esplendor!
E expresso a ti perdão, pelo

Barcelona!

Que bonita, sim
E essa cidade, que fica as margens
do Mar Mediterrâneo
onde o céu é azul, no inverno
e verão, isso é o ano todo
esta cidade é de mil amores
Passeia-se pelas Ramblas
Encontrando pessoas de todos os lugares
O mundo se alegra em Barcelona
Tem arte, vida... tem cores e flores
Vinho e a paella além dos sabores
Barcelona é a cidade
Onde me sinto livre... vou a Montjuíc,
A Sagrada Família, a Barceloneta
Onde sinto o vento fresco tocar a face
Que bonita, é linda sim

Tenho você aqui e acolá!

Eu te incluo
em todos os momentos
nos versos, nas rimas
naquelas poesias que escrevo
Penso, logo eu lembro
Te carrego em meu coração,
ao ver teu ser, arrepio-me
lembrando de tudo o que fizemos
o que vivemos juntos...
tenho um vazio... um oco
parece sem sentido
A falta que você faz
detenho tua mansidão
as linhas, as curvas, o espectro
és minha inspiração
(DiCello, 21/10/2020)

Palavras!

Meu culto são as palavras
elas devem ser leves, devem ser intensas
impreterivelmente ousadas
nas entrelinhas vez ou outra estão oculto
Gosto das imagens, para o leitor
poder realmente a situação imaginá-la
Poesia e fotografia estão relacionadas
Entre alguns clicks, uns flashes
a beleza será revelada, minha musa
é a mulher, arte divina, muito bem esculpida
a ela dedico os versos e rimas
simplesmente bem estruturadas
(DiCello, 21/10/2020)

Intocável

Apodo "ferocactus" se sem hipanto,
Num cárcere de gelo, qual jazigo.
Esgrime o seu vil naipe, até consigo,
E anela por Porphyria* e doravante

Mimetiza em cristal Plutão porquanto
Obdurado, senão ao toque - erodido.
Na fria horripilação do desabrigo,
Aninha-se em si só, recalcitrante.

E todavia... plasmado em Shelley, um véu
Embai, como em Shalott**, as cordas mesmas
Daquela harpa indelével, cosmo seu,                

Ao mago das letras, o poeta!

E, assim...a cada gota
A pigmentação de uma folha branca
Onde letras, palavras vão surgindo
Tendo formas...um corpo
O texto ganha aos poucos alma
Linhas e mais linhas
Versos e rimas, enfim a poesia
Na sua essência...
Faz pulsar acelerado o coração
De alguém que gosta de ler
Poetas são fingidores
Fogem da dor fingindo o amor
E toda a sua plenitude
Louco desejo, voraz paixão
(DiCello, 20/10/2020)

Somente no Brasil, esse é o dia dedicado a poesia.

Combater

Combater a tempestade não com a força da brisa em ação
Não esquecer, que a Terra gira e muda as fases da lua
Tristeza, e de novo não entender da seca no sertão
Tentar contabilizar, a água do poço, a beber em dor
E não ter sabor pelas escolhas impostas pela maldosa mão
São muito guerreiros a lutar sem armas neste calor
Quem me dera, fossem apenas a escassa chuva
Famílias que tem ardor pela vida...
Mas nos poderes do coração dos poderosos
Também falta piedade,
E de tempos e tempos sorriem forçosamente

Cada gosto

Conheço bem cada desgosto
o vinho barato também
deixou de ser o santo oposto
satisfaz o paladar e serve de amém

Aleluia! o enorme mar é salgado
a população marinha dá proteção
perdão primeiro ao anjo soldado
o doce desta caminhada exceção

E na terra o sal dá tempero a vida
Lágrimas são atrizes divinas
adornam a eterna lista de petição

O vinho barato torna a vida colorida
o caro vinho não alegra o coração indisposto
Deus meu, me de o sal do mar, não amarga solidão

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