Semeie boa semente
Quero, desejo ouvir
Careço que seja clemente
Deseje-me sorte, um bom porvir.
Nereide
Tudo passa:
O vento, o tempo, eu...
Vou passando!
Nereide
Há um vazio
*********
Em mim há um vazio
Enorme perene
Me toca----uma sirene
Chama queimando o pavio.
Vazio que dói, e choro
Embora gritante ninguém ouve
Piedade? imagine... não ouse
Olhar atento imploro.
É tanta merda que eu escuto...
e não posso tapar os ouvidos.
Grito de ódio por dentro,
parece estar me corroendo.
Por que é tudo tão triste?
Por que é tão sofrido assim?
Eu não quero isso...
Eu não quero nada disso para mim!
Queria olhar pela janela, e ver somente a densa neblina,
A manhã fria e cinza, carregando gotas da chuva fria.
Assim, ficaria em casa,
sem precisar encarar mais um dia.
o outro lado dum espelho transmite-me o desejo de requerer ao mundo os seus valimentos para ingressar num abismo persistente com os meus vaticínios fulgurantes e as minhas façanhas impetuosas.
Em noites de luar
tiraremos uma selfie despidos
algumas nudes
da sua alma também
Ver tua essência
assanha desejos em mim
Permita-me tirar a roupa
liberta-te dos sentimentos
Espalha pela casa
mergulha na minha cama
Libertando todas as emoções
Na penumbra do quarto,
a meia luz teu corpo
tua alma vibrante pulsar,
seduz o meu ser
Façamos amor
com a verdade, atitudes,
e todos os possíveis prazeres
(DiCello, 28/09/2020)
sim, bem feita até o fim
Detalhes, entalhes
O fim... o começo
é perfeito, sendo imperfeito
finda quando termina.
e mesmo aos trancos
aos barrancos,
Mas estamos vivos,
E teu ser é sublime
muito bem esculpido
Tua mansidão feminina
me inspira a escrever poesia
numa perfeição imperfeita
Sinuosa mulher
Versos e rimas poéticas
eternizo com loucura
(DiCello, 28/09/2020)
sim, bem feita até o fim
Detalhes, entalhes
O fim... o começo
é perfeito, sendo imperfeito
finda quando termina.
e mesmo aos trancos
aos barrancos,
Mas estamos vivos,
E teu ser é sublime
muito bem esculpido
Tua mansidão feminina
me inspira a escrever poesia
numa perfeição imperfeita
Sinuosa mulher
Versos e rimas poéticas
eternizo com loucura
(DiCello, 28/09/2020)
Tuas juras foram como onda sonoras
Foram passear sem rumo.
O eco consumiu tantas palavras sem juízo.
Desconjuras a propriedade acadêmica do meu amor!
E com tudo quase dito
Nada valeu para o infinito.
Canto de primavera
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No ar
Um suave canto
Canto de pássaros
Canto de primavera
De flores brancas e amarelas
Canto de alegria sem pranto
Em meu canto: canto!
Neste mundo falido,
entre o passado e o limbo
no interim da pandemia
a moeda prevalente
deveria ser a reciprocidade
a empatia, o amor ao próximo
são os sentimentos
os quais deveríamos compartilhar
a respeito da vida
Dando cor a quem sofre
e a quem teme
Dias difíceis, para aqueles
que neste momento, no trânsito
num infortúnio passageiro
a caridade deve vibrar
(DiCello, 24/09/2020)