ROSAS

Rosas no vaso,

Rosas no maço

Rosas simples, no jardim igual.

Rosas sem morada, sem sol.

Rosas pobres, como eu.

Rosas simpáticas

Rosas ricas de elegância expressiva

Rosas tratadas, nocivas.

Rosas eternas de material sem vida.

Rosa em flor

Rosas da primavera

Oh!Mulher rosa dá-me

Teu amor.

Rosa pobre sou eu

Que te cultiva nos jardins

Sem valor.

OS MENINOS DA RUA BRASIL

Hoje compreendo as lágrimas incessantes
Faltam amores.
De ambos os lados há desconforto
Sobram as dores.
E sempre amanhece e anoitece
Revelando uma explosão mental
As lágrimas interiores.
Faltam sonhos
Na frieza descomunal desumana
Da ausente vida
Vida recatada vivida aos pedaços
Não parece humana, talvez vegetal.
Falta coragem.
Na escalada pela liberdade cara
E nossa liberdade é o amor de preço alto

o Pàntano

O pântano entre as florestas 

É tão triste ;

Se figura ,num instante ,

Em verde mostro berrante,

Destrói 

Peixes ,plantas ofegantes ,

Nadar é impossivel ,

Navegar é importante

Sobre as águas insipidas ,

impotentes .

O pântano entre as florestas 

è tão feroz!

Tira vida 

Tira paz .

É sombrio e terrível

Esse monstro ,

Tão perto do verde das matas ,

DIREITO

Dai me o direito a ter direito a sombra

Que não sou,

Ao meu anti gosto predileto

Dai me o direito a mais

Do oxigênio contaminado necessário.

Dai me o direito de ser imperfeito 

De ser profundamente mediano 

Nas decisões assertivas da vida 

E nas mediocridades humanas.

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