Gótico
Epitáfio
Autor: Female Rebel on Friday, 8 August 2025Há dias em que meu quarto não tem porta
Não desejo ir para lugar algum
Seria bom ter opção mas não tenho
Às vezes me pego questionando
Será que vou morrer aqui dentro?
Sufocada pelo o que não foi dito
Raramente eu abro a janela
Não me sinto muito confortável com a luz
É brilho demais para os meus olhos cansados
PÁSSAROS MIGRANTES
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 19 April 2025UM NADA DE POUCO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Sunday, 17 November 2024Gótico
Autor: Pericles Moreir... on Thursday, 13 June 2024Gótico
No silêncio da noite
Noite soberana
Casta viúva passeia pelas penumbras de sua memória
sombras dançam, entre velhos e novos o eco lamenta
Ela veste preto, um vestido longo vitoriano
Um vento gélido sussurra segredos antigos, E nas janelas quebradas, a lua se mostra cheia.
Um castelo em ruínas, erguido pelo tempo, Guardião de histórias sombrias, segredos de lamento, nas muralhas de pedra, ecoam tormentos.
Leia-me ou devoro-te
Autor: Reirazinho on Saturday, 24 June 2023Escrevo para poluir o ar, para esfumaçar como num turíbulo a minha palavra. Sou um padre das liturgias sangrentas. A missa na qual comando, os fiéis são os meus sentidos. O tato demonstra o que espero: tocar-te no ventre dos teus segredos mais íntimos. Ser tão profundo quanto o abissal mar de tua individualidade. Sou uma musa já quase nua para o teu deleite, e para meu desejo, apenas o teu sentir mais puro. Tocarei tua lira d'alma e assim jamais me esquecerá.
Transfigurado
Autor: Reirazinho on Monday, 8 May 2023Transfigurado: a face agora e sempre pálida
embranquece nossos olhos molhados,
defunto à beira do pó a torna esquálida
nos momentos diante de tais fatos.
Moralmente morto
Autor: Reirazinho on Thursday, 27 October 2022Cortei meus desejos pulando da janela.
Pingo as lúgubres gotas de uma paixão,
infelizmente afoguei meu amor nela,
e detive quedas por quedas com meu sermão.
Fitaram meu cadavérico moralismo,
enterrado em uma estupidez antiquada,
deram-me o meu velório merecido
soterrando a faca e laminando a alma fraca.
Canção ao Metal Negro
Autor: Reirazinho on Saturday, 10 September 2022Dedico esta trova fúnebre
A ti todo teu mal caótico
A canção da sombra lúgubre
O teu desejo mais utópico.
Exterminar o que é mais parvo,
Eliminar o que é benévolo,
Protestando com todo garbo,
Escurecendo sendo malévolo.
No bosque invernal te encontro,
Murmurando ódio a esmo,
Esmaecido por vencer o monstro:
O amor que te deu desprezo.