o teu nome
Autor: maria joao esteves on Tuesday, 12 November 2013O teu nome sobe a rua
transversal de uma canção
atravessa a alma nua
paralela à inspiração
O teu nome sobe a rua
transversal de uma canção
atravessa a alma nua
paralela à inspiração
não confies no poeta
ele não te escreverá poemas
desenhará o teu nome
em todas as direcções
fará de ti o poema
não confies no poeta
irá vestir-te de palavras
rasgadas
o teu corpo nu será metáfora
não confies no poeta
ele despejará o amor
numa folha de guardanapo
inundada de letras
apressadas
numa qualquer esplanada
fria
não confies no poeta
o poeta não te ama
e é demasiado ingénuo
para perceber que sem querer
o faz
numero um
numero um
«Cristalizo em mim
O viver poetizando,
Recordando sentimentos,
Perdidos por entre os fios da memória...
Organizo ficheiros recalcados
Sobrevivendo à minha história...
Edito o ser. O sentir. O coração.
Dito a emoção, vencendo a razão.
Imagino um utópico devir,
Torturo este trauma de sempre ter de Partir.
Olho-me, reolho-nos, reinvento-te...
Recrio Vida, recomeço livre,
Admiro-te e reentrego-te o Sorrir!»
(RMP)
PORQUE CANTAS
Porque cantas
“Bem-te-vi”
Não vês que é madrugada
E são horas tantas
As que não te vi
É cantiga desesperada
A que cantas por aqui
Mas “Bem-te-vi”
Ou mal te vi
Dependendo de como se vive,
Escolha um caminho a percorrer!
Tenha na mente, inclusive
Este propósito de fazer!
Realmente tudo é possível...