Amor
Provavelmente
Autor: Paulo Lemos on Sunday, 23 March 2014Provavelmente as nuvens obscurecem
o azul renitente que me pinta por dentro
olhos de nítida luminosidade com
brilhos de dimensões relevantes
numa aguarela que esbocei em
dias de dor ainda latente
Provavelmente...
Provavelmente o azul renitente
obscureceu a lua em cuja face oculta
havias depositado os resquícios que
a tua alma dorida rejeitava como
remanescências de um tempo em
que apenas a dor te pintava o coração
de uma negridão absoluta e indizível
Provavelmente...
Abraço
Autor: Paulo Lemos on Sunday, 23 March 2014Rodopiam-me as letras na cabeça
Martelam...tresloucadas e sofrêgas
Dançam valsas metafóricas
Correm, saltam, embatem...
Aguardam por ti... as letras
Como eu aguardo
Na ansiedade de
No silêncio da noite
Chegares mansamente
Como sempre chegas...
Com a ternura numa mão
E a alma na outra
Que vais desenovelando...
O suave perfume das hortências
Que exalas, colado a ti
Apesar de distâncias ilusórias
Bálsamo de almas perdidas
Ou recordações de vidas passadas...
Manhã
Autor: Paulo Lemos on Sunday, 23 March 2014A branda luz da manhã
Esgueira-se por entre as frinchas da janela
E... vem repousar no teu corpo nu
Dormes...
O cabelo em desalinho
Derramado no branco da almofada
O corpo imóvel
A respiracão ritmada
Que te faz ondular os seios
Olho-te só
O cheiro da tua pele adormecida
Sobe por mim
Os teus lábios entreabertos
Onde habitam mil beijos meus
E outros mil sobrevirão
Enquanto a luz te penteia
Contemplo o teu corpo desnudado
Onde tantas vezes me deito
Quando os teus olhos brilham...
Soneto da União
Autor: Maria Cristina ... on Sunday, 23 March 2014posto ao soneto de Vinicius de Morais
SONETO DA UNIÃO
De repente meu pranto se fez riso
Barulhento, provocante e preciso
E como ondas batendo sobre rochas , encanto
A tempestade veemente se fez bonança ardente
E da aventura errante um sabor constante
Do parceiro cínico um amigo amante
E da paixão infame um amor permanente
De repente não mais que de repente
Fez-se do amigo distante uma presença marcante
Da desilusão a alegria altissonante
Poetar LIV
Autor: Leandro Yossef on Sunday, 23 March 2014Poetar LIV
Nascuntur poetae, fiunt oratores.
Ab. Initio lha amei
Per fim
Nada restou deveras
Fora assim
Eu sem ter você
Em mim
O amor que a ti dei
Extenuou
No mar de minha asa
Voou
Perdi, posto que de mim
Levou
Agora corro sem rumo
Meu labor
Esqueci-me de todo
Teu sabor
De meu coração escapou
Meu amor
Soneto da União
Autor: Maria Cristina ... on Sunday, 23 March 2014Grande amor
Autor: Renato Lacerda ... on Sunday, 23 March 2014Beijo a flor que me faz sofrer,
Que não pensa em minha dor.
Beijo a flor que não consigo esquecer,
Mas que se despede do meu amor.
Voa alegre o beija-flor,
Cantando minha dor.
Segue a vida sem pressa,
Deixando de lado meu amor.
Beijo a flor que me faz padecer,
Mas já convivo em paz com essa dor.
Beijo a flor que castiga meu ser,
Mas já me tornei escravo desse amor.
Voa longe o beija-flor,
Que já não canta minha dor.
Segue a vida orgulhosa
Da insistência do meu grande amor.
A sombra das horas
Autor: Liliana dos San... on Sunday, 23 March 2014O teu olhar é um poema,
a tua voz uma oração;
as tuas mãos são, na minha pele,
uma comunhão de sentidos secretos.
Os pássaros voam pelo firmamento
inquieto – perturbam, por instantes,
a nossa quietude sublime. O sol brilha
no cimo das cortinas cerradas e o amor urge,
no silêncio das palavras sussurradas.
O teu olhar recita a nossa solidão,
a tua voz exalta as minhas penas;
as tuas mãos afagam-me
por dentro da distância oculta do teu nome.
Os pássaros levam-nos os murmúrios serenos
A sombra das horas
Autor: Liliana dos San... on Sunday, 23 March 2014O teu olhar é um poema,
a tua voz uma oração;
as tuas mãos são, na minha pele,
uma comunhão de sentidos secretos.
Os pássaros voam pelo firmamento
inquieto – perturbam, por instantes,
a nossa quietude sublime. O sol brilha
no cimo das cortinas cerradas e o amor urge,
no silêncio das palavras sussurradas.
O teu olhar recita a nossa solidão,
a tua voz exalta as minhas penas;
as tuas mãos afagam-me
por dentro da distância oculta do teu nome.
Os pássaros levam-nos os murmúrios serenos