Amor

Espera

Olhei para trás e revi-te entre brumas de esperança

Não consegui dar um passo e parei,

Sentei-me num degrau da vida

Observei avidamente o voo das andorinhas que partiam

E nelas não revi o meu partir,

Esperei e uma leve brisa afagou o meu rosto

Beijou uma lágrima perdida entre o meu sonho e a realidade presente

No entanto ofusquei-a com desdém

E gritei silenciosamente pela alegria perdida

Pela longa e sinuosa estrada da vida,

Apenas desejo

Desejo-te

Apenas te desejo, não te amo

Amor é dádiva serena, complacente compaixão

E o que sinto por ti é apenas

Explosão de sentidos,

Necessidade de presença,

Toque do teu olhar em mim,

Os meus braços dentro dos teus braços ...

Quisera tirar de dentro do meu peito

A emoção de te querer

No entanto fugidia a vontade em mim partiu

E o sonho de te querer

Venceu o cansaço e permaneceu,

E assim continuo te desejando

Nunca encontrando aquele que espero

O Sonhador

Vejo a Lua ..
Tão Serena entre as Estrelas ..
Radiante Só de Refletir a Luz do Sol..
Alvo dos Apaixonados e Sonhadores ....
Admirável A todos os Olhos...
Antes Gostaria de Achar Alguém para Olhar com Mesma Admiração..
Mas Cresci e Percebi ..
De Que Adianta Toda a Admiração ..
Se Não Posso Demonstrar a Mínima Afeição ..

Lancei ao vento

Olhei-te e não te vi

Procurei-te e não te encontrei,

Na brisa fresca e colorida da Primavera

Revi-te no meu sonho

Sonho perdido no limbo

Onde viajo permanentemente

Sem nunca te encontrar.

Quisera ter asas para te fugir

E nunca em mim te rever

Pois encontrei apenas a mágoa dum poeta sonhador

Apenas lamentações dum amor ausente e inexistente

E nunca encontrei as palavras

Que pudessem ser levadas pelo vento gélido e transparente

E tocassem o teu olhar vago e distante,

Esperançando

No crepúsculo incandescente das minhas memórias

Guardei o teu silêncio carregado de esplendor,

Com ele salpiquei mil sóis nunca antes vislumbrados

E rodopiei pelo breve caminho que inocentemente palmilhava,

As disformes sombras do teu rosto em mim configuravam como sonhos inacabados,

E desbravei suavemente o medo de te perder,

As palavras nunca proferidas e nos teus lábios desenhadas,

Brotaram fugazmente e na calçada se perderam,

Por mim percorrida diariamente com passos incessantes...

Breve poema de amor

Resolvi escrever o mais belo poema de amor,

embrulhá-lo em celofane de cor vítrea

E nele mergulhar em esplendor

Saudar a águia em mim desenhada

E no teu olhar te tocar

Regressar à terra,

que solenemente me irá recolher

E nela mergulhar o meu ser

Desejosa de ti,

lembranças amargas flutuam no horizonte

Apagadas de rubro sonho

Ainda estonteante procurando o rumo

E não me perder,

absurdas paisagens, visões incandescentes

Amargas sensações de não me libertar,

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