Apenas
Autor: Diana Santos on Friday, 10 June 2016Na Vida me perdi,
Na deriva me encontrei.
Foi por me entregar a ti
Que a mim atraiçoei.
Na Vida me perdi,
Na deriva me encontrei.
Foi por me entregar a ti
Que a mim atraiçoei.
Há sempre ondas que regressam às origens
E ninhadas que temem de voar.
Há sempre sonhos repletos de vertigens
E pés que não ambicionam caminhar.
Estou a caminhar agora…
Vagarosamente…
Estou a ir embora
Para longe da tua mente.
Veio um fio de luz e esperança e adentrou o meu cérebro,
Iluminou meus neurônios.
Chega uma altura na vida
Em que de repente meditamos
Sobre a inquietude sentida,
Naquilo em que acreditamos.
«Tic tac…tic tac…tic tac…ansiedade…ataques de pânico…agorafobia…agora sobraram os ossos pois a carne ninguém queria…não queriam mas até lamberam os dedos…continua o sexo trântico com o meu caderno…oferecido por um ilhéu da Terra das Baleias…este suporta a quimera da minha teia…é meu…é meu…o caderno é meu…ninguém lhe pode tocar…lembra me de bons velhos tempos passados na metrópole…serve para extrapolarem aquilo que
Talvez um dia… apenas um dia…
Deixe-me inundar pela bravura
De me entregar à afasia
Inerente na loucura.
Há anos e anos luzes daqui dali,
Distante do tempo e espaço,
Na estrada do desamparo permaneço abaixo da aurora do mal,
A fitar com sombras e cores do horizonte a procura duma face...
As nuvens de alumes se formando rumando desenhando a tarde
E a tarde atravessando a tarde,
(...) Arranco-me a mais de mil dobrando os infinitos descalços (...),
Eis minha odisséia mal aventurada, minha aleivosia cruzada dum aceno.
Venci raios e trovões,
Deuses dos terremotos e virgens do pecado
Anjos malfeitores e ninfas belas,