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"MUSA - GRITO ALADO"

“ MUSA - GRITO ALADO”

Poema alado, grito que rasga a monotonia,
Prorrogado nas frases do verso inacabado.
Soa na noite rompendo o silêncio profundo.
Ébrio na mente, dança ao ritmo jucundo
Do som projetado pelos dedos no teclado,
Vai ganhando forma, em cada hora tardia.

Som de um punhado de letras,
Lançado aos ventos da alvorada.
Grito calado, que sufoca a solidão,
Vai nas asas do tempo, preso por fiapo cordão
Ao papel da vida; deambula por curvas e retas,
Num corpo de mágoas em alma cansada.

poesia inacabada

Era um dia frio
De um mês especial
As ruas estavam enfeitadas
E aproximava-se o natal

Havia folhas caídas
Pelo chão da calçada
E as arvores despidas
Acompanhavam a estrada

Havia um desvio
E um caminho cinzento
Que levava ao rio
E separava o tempo

Havia também um jardim
Abrigado do vento
Aonde pequenos pássaros pousavam
Para buscar o seu alimento

Pequenos muros de pedra
Contornavam aquele espaço
Envolvendo o lugar
Como se fosse um abraço

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