_NO TURBILHÃO_
Autor: Antero de Quental on Sunday, 6 January 2013
Pedi-te a fé, Senhor! pedi-te a graça,
Mas não te curvas nunca, p'ra me ouvir.
Tudo acaba no mundo... tudo passa,
Mas só meu mal se foi e torna a vir.
Não busco a morte com arma ou veneno,
Mas emfim póde vir quando quizer.
Eu estarei de pé, firme e sereno,
Sorrir-lhe-hei até, quando vier.
Tristes vaidades d'este pobre mundo!
Já me parecem taes como ellas são:
Tristes mizerias deste mar sem fundo.
Mama.
Eu quero ser de prata.
Filho,
Terás muito frio.
Mama.
Eu quero ser de água.
Filho,
Terás muito frio.
Mama.
Borda-me em teu travesseiro.
Isso sim!
Agora mesmo!