INNOCENCIA
Autor: João de Deus on Friday, 7 December 2012 Encolhe as azas, que te abrazas, louca!
O fogo mata a quem o gera, attende;
Foge e, se a vida te aborrece, estende
Um braço aos anjos, que a distancia é pouca.
Porque uma nuvem, onda transitoria
Do mar immenso, vem pousar na serra,
Não fica a nuvem pertencendo á terra:
Tu és o anjo que desceu da gloria.
Estranhas forças para ti me attrahem;
E ás vezes cedo, tua cinta enleio;
Teus olhos beijo; mas, contemplo o seio,
Tua alma dorme, e os meus braços cahem...