Geral

Do Paraiso ao universo humano

Meu mundo humano ,
um pantaleão em partes diminutas
este mar, por que tão raso ?
as vezes manso
oceano de profundezas claras , que contra o mal reluta

De repente, caminhos rentes
de paz alterada
como veio falar tal serpente
e trazer mel sem gosto
a sociedade formada

Minha dúvida tão atrevida
se errou com tamanho defeito
o que será dos tolos mortais
as sementes deste perfeito ?

Tema preferido

Vamos idolatrar o tema preferido da fé
antes que a marcha fúnebre se manifeste
vamos idolatrar quem realmente deixou um legado
antes que venham em definitivo
banalizar aos santos
vamos anunciar por meio de orações
para que se perpetue o amor
vamos consentir em coexistir apenas com o bem
nada trivial este portifólio do mal
que anuncia na vida, o desdém intolerante
e que realmente saiam das línguas doces
o amém
- você me odeia , mas eu te amo apenas
guerras, não deixem nem lembranças, nem loucuras

A dívida secreta

O café frio aumentou meu desgosto
a dívida secreta que traz a genética do absurdo
olhos claros e silenciosos
como a neve incomunicável que ninguém quer encontrar

o sangue pode animar
mas esse doce prazer poderia ser contabilizado
no melhor instante e eterno

a água causa tudo: vida e morte
inclusive mais água para chorar
a dívida secreta da tristeza
o terrível preço, ninguém
que é constituído da água
deve pagar

a dívida insensata da incerteza
como tudo isso vai acabar

Ancestrais

Minha vida hoje é uma Premiere
entristecida
gotejo de paixão mal diluída
não percorre minhas veias o amor
Ó vida , eu sei
pelos outros, que é tão querida !
meu inverno não tem um nobre calor
E de longe as estrelas iluminam
o meu antegosto do amor
Um amor infanto, pausado no coração

Minha vida
flashes descontinuados
desliguei a máquina da ilusão
maiores possibilidades para sorrir

Lembranças de um vício apena

Lembrança de um vício apenas

Um pingo de poderoso anestésico
um elixir tortuoso
Inadvertida sensação
duras penas, amor patético

Envolto de lembranças
cena particular de um mundo
aparente diminuto
saiu sem imunidade
desta arena do bem

Caricatura sem criador
artista sem fantasias
sem lembranças infantis
a vila preferida, deslocado de
palavras amigas, bons vizinhos

Sonhar

Um olhar carinhoso para o céu
das estrelas sem dono
é apaixonante todo o brilho
que risca o infinito constelar
onde os seres flutuantes voam
empolgantes
um olhar cativo , de mãos dadas com o seu grande amor .
oh que alegria!
que viagem sem mistérios
observar luzes que acariciam ,
toda esta visão é fantástica
todo trajeto em viagem noturna
de um escuro tênue
continuam o voo de mãos dadas
oh viagem linda em se percorrer!
ela diz ao amado :

Beijo

Beijo

Me ocultarei de caras nefastas
-mas criança, não queira que a vida passe
o beijo de Judas,a quem insista
o mundo é um livro para colorir
cor vermelha, será o meu céu de vida casta

Minha mãe tem uma dor enraizada
Judas tem raízes de Adão
seu beijo reverberou tanta dor no mundo
eita dor no mundo, triste apática
difícil resolver essa dor danada

Gerações

Pai sem filhos
palhaço sem circo
a solidão permeia o escuro quadrilátero
a saudade e apaixonada por este lugar
a vida sempre guarda
flashes anestésicos
duma história infantil
não sei, não sei
o que mostra o espelho juvenil
qual destas é difícil em seguir
Peter Pan ou Alice nos Países das Maravilhas
qual destes mundos
é o menos hostil
sempre ouvi: vai onde queres
onde terás muito prazer!
Poderás ser um pequeno príncipe
no mundo de Exupéry
acorda, acorda pra vida não desistir

Noite estrangeira.

olhos negros perto demais
me traz calor
perto demais em tom de estrelas
musica invade cantos da cidade traz na saudade
vc
então poderíamos nos entender mãos e corpos
gestos louco e embriagador
posso ao menos saber o que queres comigo
somos dois perdidos querendo
uma noite estrangeira. não sei seu nome não sabes o meu
então ficaremos bebendo e ouvindo caetano num sabado qualquer e quente
que dia é hoje e quanto estamos a procura sons e vozes
com que roupa vou lhe ver

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