Tristeza

SENTADO À BEIRA DA ESTRADA

Num escuro e frio canto,
Onde o lamento cedeu lugar ao planto;
Não mais desejo seu amor,
Quimeras cobrissem meu corpo com um manto.
Na trêmula fadiga de minh’alma conturbada,
Apenas minha ânsia do depois;
Em minha memória quase apagada,
Lembranças mórbidas de nós dois.
Ah! Como eu queria aqui novamente vê-la passar;
Talvez pra aumentar o meu martírio,

Lírico do Eterno Violino

Lírico do Eterno Violino

Caminhei ate o lago, próximo a choupana
Meus olhos viram o arco que se movimentava a
Mão do poeta com seu violino, distante e com
O olhar fixo a pauta, lágrimas corriam em seu rosto

Diante do poeta, uma longa ponte de madeira envelhecida
Ondas no ritmo uníssono, faz lembrar apenas um rosto
Que o inspira a compor, um sorriso que já não vê
Não pode sentir, por que este rosto não existi

O vermelho nosso de todo mês

Hoje o dia amanheceu vermelho 
Imediatamente pensei em você 
Hoje o dia amanheceu vermelho 
Pensei nas possibilidades evitadas 
Hoje o dia amanheceu vermelho 
Eu só queria um beijo seu
Hoje o dia amanheceu vermelho 
Pensei no meu amor por você 
Hoje o dia amanheceu vermelho
Estou com tanta dor que mal consigo escrever
Hoje o dia amanheceu vermelho
Em meio às lágrimas estou a me contorcer
Pq hoje o dia amanheceu vermelho

Vergonha...

Vergonha.

 

É o que nos mantém na nossa bolha.

Não damos ao cérebro escolha.

Preenchemos e apanhamos o lápis deixado na folha, por essa vergonha.

 

Sentimento que te inibe de fazer ações que mais tarde viram frustrações.

Desde que nasceste, tem-los no sítio.

Para tudo tu tens colhões.

Despreza destrutivas, sem estima, opiniões de quem acha que te vê de cima.

 

Opõe-te ás gerais opiniões.

 

Puxa por esses amigos que só cedem a pressões.

 

Puxam o autoclismo ás frustrações…

Teus Olhos

             Teus olhos tristes  me  fitam

             Olhares se cruzam e, perguntam

             Tristes e ternos o que dizem

              Mas... não respondem

                       ****

               Eles falam por sí

              Os meus pescrutam em frenesi

             Os teus calmos e tristes

              Quando foi que sorristes

 

      Nereide

" Memórias entranhadas..."

   O maldito sonho está a interferir. Consigo vê-lo nas ocasionais mudanças bruscas de posição na cama ( como se tentasse arrancar-me as memórias num devaneio do passado ) e no meu coração agitado. O sol, já martela as pedras da calçada, olho por cima do ombro, por uns instantes, enquanto o Céu me atinge como uma cacofonia ( nome dado para a junção de vários sons discordantes e desafinados ) na melodias relutante do canto da primeira ave...

Minha vida em versos

Sonhos de criança

pensados na infância

perdidos na estância

mas não na esperança

 

Assistir televisão

não podia não

um vigiaja

e depois revezava

 

Bicicleta dividida para três

não tinha como brincar

nunca chegava minha vez

e nada podia falar

 

Parque de diversão

que grande emoção

alegria no coração

mas não era sempre não

 

Solange Pansieri

 

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