O dia da preguiça
Autor: Carol on Wednesday, 29 July 2015O dia começa
Sem pressa
Me espreguiço
O dia começa
Sem pressa
Me espreguiço
Aquele beijo que não te dei
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E, nesse beijo, amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindo que ti fiz!
Florbela Espanca (Os versos que ti fiz, último terceto).
Aquele beijo que não te dei não volta
Mesmo que eu tanto queira não tenho
E por tudo isso eu choro e a mim não venho
E nessa loucura fugaz faço dela minha pauta...
DIA PESADO! PESADO DIA!
Cada dia tem seu peso!
Peso que tem variações...
Gramas ou toneladas?
Trabalho, cansaço, pensamentos e emoções!
Esse dia foi pesado...
Correria, agitação, gente mal humorada!
A NEVE NA MENTE!
Tem gente que tem:
Neve na mente!
Gelo no olhar...
Tem gente que consegue:
Ferir, explorar, maltratar!
Matar, roubar e destruir... E se divertir!
TRABALHO!
Há mais de dois séculos...
Uma revolução! Ou não?
Mudança em como fazer? Em como produzir?
Comprar, vender, adquirir? Não é só isso não!
Mudança no modo de viver! Morar!
Conviver!
Ver!
Desfiz-me por inteiro,
Agarrei as mesuras de meus sentidos,
Como que recaia na vista entreaberta e encarnada-mente envenenada,
Sobrepus em minha carteira de cerejeira com vitral suave,
Quantos sóis e cometas bruscos,
Um pequeno infinito em uma limitada tábua rasa,
Grandes e altivas alienações...
Vigilante de galáxia em galáxia,
Porteiro da minha própria Fantasia,
Que confusamente avivo de alma ou capricho a mim cingido.