SOLAMENTE TÚ

Yo no puedo cuestionar mi corazón,

Las personas sólo desean pedirme favor,

Yo estoy loco para tener un gran amor,

Pues todos los días escucho tu canción.

 

Deseo tener tus brazos, tu cuerpo entero,

Ven hablar palavras de amor em mis oídos,

No quiero sueño, quiero sentir los sonidos

Y en lo rocío de la mañana ser tu amor primero.

 

No puedo vivir sin tus ojos, sin tu boca...

Sin tu vida mi vida es siempre cosa poca

Y las flores de la primavera lloran tristes...

 

SOBRE OS MARES

Ergo-me setentrional e orador no Mediterrâneo,

Sou filho do tempo e adorador do Pacífico,

Navego em águas cristalinas com dons específicos

E sobre altares de pedra sou lutador espontâneo.

 

Desbravo as correntezas coadjuvantes do Atlântico

Perambulando sobre vagas revoltas e bravias,

Venço aos mares, não sou enciclopédia doentia

Que se envolve em torvelinhos que causam pânico.

 

Batalho inimigos que cruzam afoitos o Índico

E os faço prisioneiros por serem cruéis e cínicos

Poema improvável

~~* ~~* ~~* ~~* ~~* ~~*

Eis aqui uma folha de papel:
Branca, virgem, imaculada...
Simples e modesta como tantas outras.

Ante ela, olhares e sensibilidades múltiplas
Podem sempre ter reações distintas:
Encolher os ombros, ignorar e olhar sem emoção;
Ou imaginar cores, fogo, arte e vida;
Ou sentir ali, de forma espontânea, poesia em bruto.

Um poema pode pura e simplesmente
Ser invisível e não ter presença física
E passear-se no ar, com o vento e o sol,
Qual espírito de luz que alguém há-de absorver.

Frágil

Exalou daqui
 
minha áurea insegura
 
até aos confins do mundo
 
onde deleito
 
meus olhos e te contemplo
 
ávido às mãos sublimes
 
do Grande Criador
 
 
Ressarciste-me a solidão
 
redesenhaste-me
 
as órbitas dos seres graciosos
 
que vagueiam pela meiga noite
 
imaginando-te formosa

RETRATO

Não sou sucata...

Não temo o mundo,

A vida é que me teme.

Por que?

Porque a encaro com poesia,

Faço da fantasia

Minha realidade de viver...

 

Navego em adereços

E mergulho em sonhos

Que são impalpáveis,

Mas construtores

Do meu universo,

É ouro em verso,

Este é meu endereço...

 

Meu chão não tem areia,

É imenso tapete persa

Onde semeio minhas flores

Em vasos de alabastro

E embora pareça abstrato

GRITOS

De repente teu grito

Ecoou dentro de mim...

Juro que fiquei sem rumo,

A alma aflita,

A boca sem respostas...

Tudo repentinamente escureceu,

Um mar sem ondas

Inundou meu corpo

E tua voz raquítica

Nem pude ouvir...

Alvoroço,  emergência!

Era meu amor

Dando ciência

De que teu amor

Era meu...

O tempo se foi,

O amor diluiu-se,

Uma vegetação apócrifa

Fincou raízes

Num solo árido

Onde a esperança dormita...

Novamente teu grito

Ecoou...

REALIDADE ABSTRATA

Construí um palácio em meu inconsciente...

 

Meu sonho copulou com diversas fantasias

E minha imaginação pariu alegorias de cristais

 

Adornadas com adereços coloridos e irreais

Para a edificação de um mundo puro e invisível

Onde a ilusão pudesse temperar o abstrato...

 

O pensamento modulou de flores o devaneio

Criando no firmamento onírico um céu utópico

Em que idealismos de vida vincularam o prazer

Como substrato fundamental do respirar vital...

 

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