Ressuscita-me o silêncio

para sempre Gal
 
Entre complacentes murmúrios o tempo crepita flamejante e altruísta
Encurva-se saudando a manhã que desperta tão saudosa e reformista
Ressuscita-me este silêncio incrustado no parapeito das preces imprevistas
 
Qual bálsamo transcendente duas brisas perfumam essa voz tão pacifista
Na infinita metamorfose de luz fecunda-se um adeus sereno e coreografista
Assim se apascenta cada hora esvoaçando algemada a um sussurro calculista
 

Trovas

Os meus braços balançam
para uma dança sem fim,
o bailares se fincam
nas entranhas do marfim.

*
 
Ensinaram que o poeta
é pra lá de diferente,
é um inútil asceta
que pensa ser indulgente.

*

Sequer os vemos agora

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